Ai Weiwei no Antropoceno

Com a peça Pequi Vinagreiro, no Parque de Serralves, Ai Weiwei está a abandonar entidades antropocêntricas como o Estado-nação e o globo para aterrar numa outra entidade chamada planeta Terra.

Foto
Horacio Villalobos/Corbis via Getty Images

Entrelaçar, a última exposição de Ai Weiwei em Serralves, no Porto, com curadoria de Philippe Vergne e Paula Fernandes, oferece uma boa oportunidade para ensaiar uma pequena reflexão sobre o trabalho daquele que é um dos artistas-ativistas mais famosos do mundo. Devo confessar que não sou um especialista em arte contemporânea, mas sou um admirador de longa data da ousadia criativa deste artista, revelada, desde muito cedo, em composições iconoclastas como o famoso tríptico fotográfico Dropping a Han Dynasty Urn (1995), em que deixa cair no chão uma urna da Dinastia Han (206 AEC-220 EC), ou a famosa série de fotografias Study of Perspective (iniciada em 1995), em que saúda com o dedo do meio vários símbolos de poder, incluindo a Praça Tiananmen em Pequim.

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