“Insensibilidade atroz”, “falta de compaixão” e um “passo atrás”: as reacções à resposta da Igreja

Desilusão e até indignação são traços comuns nas reacções imediatas às medidas da Igreja para responder aos casos de abuso sexual de menores.

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Os testemunhos recolhidos pela comissão liderada por Pedro Strecht PÚBLICO

Foi um momento de pouca “compaixão”, com poucas "medidas concretas". É com estas palavras que católicos e associações que lidam com vítimas deste tipo de crimes reagiram à resposta da Igreja ao relatório da comissão independente sobre abusos sexuais. Pelo menos, 4815 crianças e jovens terão sido alvo de abusos por parte de membros da Igreja Católica nos últimos 70 anos e, por isso, era grande a expectativa esta sexta-feira para saber o que ia esta instituição fazer perante as vítimas e para evitar novos casos. Ao final da tarde, o presidente da Comissão Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas, anunciou a criação de uma nova comissão para continuar a receber denúncias e analisar casos (embora sem grandes detalhes), de apoio psicológico para todas as vítimas que o necessitem e queiram e um “memorial”. E colocou nas mãos de cada bispo e de cada diocese a decisão de afastar alegados padres abusadores. Mas as palavras desiludiram.

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