Akram Khan cria um lugar de escuta para as sombras falarem

Há uma natureza cuidadora neste Jungle Book Reimagined em que o coreógrafo escolhe contar a história a partir do olhar das crianças e dos animais.

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Ambra Vernuccio
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A aproximação de uma criança às histórias universais, mitos ou fábulas, faz-se quase sempre através da voz da mãe ou do pai, enchendo-lhe a cabeça de narrativas fantasiosas, cheias de lições morais e de edificação de valores, antes de o sono aterrar e arrumar todas aquelas referências. Por vezes, essas narrativas não seguem bem a letra da versão fixada nos livros (mais ou menos canónicos) e são contadas em termos menos popularizados e capazes de criar um mundo um pouco diferente na cabeça de quem o constrói todas as noites. Akram Khan, coreógrafo britânico de ascendência bangladeshiana que transporta para as suas criações um apurado sentido de storytelling, cresceu a escutar da sua mãe, uma perita em literatura, mitos gregos, histórias retiradas da Bíblia, do Corão ou da Torá contadas a partir de um ponto de vista distinto. E à medida que o seu percurso escolar se foi prolongando, recorda em conversa com o Ípsilon, ficou “verdadeiramente traumatizado porque discutia o tempo todo com pessoas religiosas”.

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