Governo indica José Nunes da Fonseca para chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas
O Conselho de Ministros aprovou a indicação do general José Nunes da Fonseca para substituir Silva Ribeiro como CEMGFA.
O Governo aprovou esta quinta-feira em Conselho de Ministros a escolha do general José Nunes da Fonseca como chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), cabendo agora a Marcelo Rebelo de Sousa a decisão final quanto à nomeação.
"Foi aprovada a deliberação que propõe a Sua Excelência o Presidente da República, ouvido o Conselho de Chefes de Estado-Maior, a nomeação do General José Nunes da Fonseca como Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, com efeitos a partir do dia 1 de Março de 2023", lê-se no comunicado enviado às redacções pelo executivo.
O mesmo comunicado refere que "foi aprovado o decreto regulamentar que aprova a estrutura orgânica do Estado-Maior-General das Forças Armadas e altera as estruturas orgânicas da Marinha, do Exército e da Força Aérea".
Se o Presidente der luz verde à nomeação, Nunes da Fonseca irá suceder ao almirante Silva Ribeiro no cargo, o que significa que não é desta que será retomada a lógica de rotatividade entre os três ramos na chefia das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea).
Isto porque, antes de Silva Ribeiro, foi o general Pina Monteiro (do Exército) quem chefiou as Forças Armadas, sendo que foi a sua nomeação a interromper a tradicional rotação na chefia do Estado-Maior-General das Forças Armadas. Para a tal rotatividade ser retomada, o próximo CEMGFA teria de ser proveniente da Força Aérea.
Nunes da Fonseca, que nasceu em 1961, é chefe do Estado-Maior do Exército desde 2018, tendo sido reconduzido na função por Marcelo em 2021. É licenciado em Ciências Militares (Engenharia), tendo ainda mestrado em Engenharia Militar da Academia Militar.
Cumpriu missões na Bósnia-Herzegovina em 1998-99, no Kosovo em 2011, e no Quartel-General das Forças Aliadas da NATO, em Madrid, de 2010 a 2013. Anteriormente, de 1995 a 1999, já tinha prestado serviço no Estado-Maior da Eurofor, em Itália.
O general Nunes da Fonseca substituiu em 2018 Rovisco Duarte na liderança do Exército depois de este ter apresentado, alegando "motivos pessoais", a sua demissão ao Presidente da República, uma resignação que surgiu na sequência do polémico assalto forjado aos paióis de Tancos.