Portugal ficou a dois golos da sua melhor classificação de sempre no Mundial

A selecção portuguesa de andebol perdeu com a Suécia por 32-30 e falhou a qualificação para os quartos-de-final da prova.

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Portugal falhou a qualificação para os quartos-de-final do Mundial de andebol EPA/Adam Ihse

Esteve perto mas ficou a dois golos de distância. Portugal perdeu neste domingo com a Suécia por 32-30 e falhou o apuramento para os quartos-de-final do Campeonato do Mundo de andebol, que lhe garantiria estar entre as oito melhores selecções do mundo e ultrapassar aquele que é, até ao momento, o seu melhor desempenho na prova: um 10.º lugar.

A missão era difícil. Portugal precisava de vencer ou empatar com a Suécia para se qualificar para a fase seguinte do Mundial. Só que o facto de o opositor ser a Suécia tornava tudo mais complicado. Não só os suecos são os actuais campeões da Europa da modalidade como jogavam em casa, já que são, juntamente com a Polónia, um dos países organizadores da prova. E foi num pavilhão repleto com praticamente 15 mil camisolas amarelas, em Gotemburgo, que Portugal tentou fazer história.

A partida começou com as duas selecções com pouca pontaria. Duas bolas nos postes e um livre de sete metros falhado pela Suécia fez com que o marcador só fosse inaugurado com 4m54s de jogo. Os nórdicos foram os primeiros a marcar numa altura em que Portugal estava em inferioridade numérica, mas a selecção nacional não se deixou abalar e foi capaz de dar a volta. Com 11 minutos jogados, eram os portugueses quem lideravam o marcador e, pela primeira vez, com dois golos de vantagem.

O jogo continuou sempre muito dividido e equilibrado. Na Suécia, o maior desequilibrador era Joanhsson, que só estava em campo no momento ofensivo, com quatro golos, enquanto em Portugal não havia propriamente quem se destacasse, embora António Areia também tivesse somado quatro remates certeiros na primeira meia-hora, embora dois deles através de livre de sete metros.

O intervalo chegou com Portugal na frente do marcador pela margem mínima (14-13) apesar de ter sofrido quatro exclusões contra nenhuma dos suecos, algumas delas algo controversas.

A segunda parte começou com os dois seleccionadores a optarem pela troca dos respectivos guarda-redes e o marcador a caminhar da mesma forma, com um golo de diferença para uma ou outra equipa.

Só que aos poucos a eficácia ofensiva portuguesa foi baixando e pela primeira vez desde o início do encontro a Suécia atingiu primeiro três, depois os quatro golos de diferença (22-18) com 42 minutos jogados.

Esta diferença levou Paulo Pereira a arriscar e Portugal passou a jogar sete contra seis (sem guarda-redes no momento ofensivo). Só que a sorte não estava com a selecção portuguesa: uma perda de bola no ataque e um remate ao poste permitiu à Suécia chegar aos 25-19 sensivelmente a meio da segunda parte.

Apesar de ter sofrido mais duas exclusões de dois minutos Portugal reagiu e a oito minutos do fim os portugueses foram capazes de reduzir a desvantagem para apenas dois golos. Resultado que dava ânimo à selecção nacional e que melhor ficou a apenas cinco minutos do apito final, quando um golo de Iturriza fez a diferença ficar em apenas um golo (27-26).

Só que duas perdas de bola no ataque fizeram com que os suecos voltassem a conseguir fugir no marcador. A dois minutos dos 60 Portugal perdia por 31-28 e a selecção portuguesa sentia que já não conseguia chegar à vitória e nem sequer ao empate que lhe poderia dar o acesso aos quartos-de-final do Mundial. O resultado final fixou-se em 32-30, com Portugal a ficar a dois golos do que seria a sua melhor classificação de sempre na competição.

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