A fiesta invadiu as canções dos La Femme

Passado apenas um ano sobre Paradigmes, os franceses que juntam surf, chanson, pop e pscychobilly dentro das suas canções regressam com Teatro Lúcido.

Foto
JD Fanello

Sacha Got e Marlon Magnée cresceram em Biarritz, cidade plantada no Golfo da Biscaia, aberta ao Mar Cantábrico, emanação de um sonho estival para o turismo francês, paraíso para surfistas e viciados em jogo. São muitas as pranchas e as slot-machines numa cidade a curta distância da fronteira com o País Basco espanhol e aquele é o cenário semi-irreal perfeito para dele brotar uma banda tão singular como os La Femme. Desde que primeiro foi avistada com o álbum de estreia Psycho Tropical Berlin (2013), a banda do guitarrista Sacha Got e do teclista Marlon Magnée logo se impôs como um dos mais fascinantes fenómenos rock deste tempo: eram psychobilly como The Cramps, eram surf rock como Dick Dale, eram ritmicamente motorik como os Neu!, eram chanson como France Gall. E havia tanto no título desse álbum como na capa — imagem de uma mulher que tanto remetia para uma escultura grega clássica como para a representação de uma indígena ou de uma dançarina de can-can dos années folles parisienses —, a dose certa de colagem, sobreposição e desconcerto.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar