Ponte de Lima em 3 tempos, com Fernando Pimenta

Ponte de Lima vista do rio, da montanha ou do prato, com o canoísta olímpico como cicerone

Foto
Fernando Pimenta traça um roteiro de descoberta da terra onde nasceu e onde se iniciou na canoagem Rita Chantre/Global Imagens

O orgulho limiano é notório no canoísta olímpico Fernando Pimenta, que ali nasceu, cresceu e se fez ao rio. Terminada a época de 2022, com a adição de 13 medalhas ao palmarés, e já com a qualificação para as Olimpíadas de 2024 no horizonte, o actual campeão europeu de K1 (e vice-campeão mundial de K1 e K2) traça um roteiro de descoberta de Ponte de Lima, com a história, o Lima e o sarrabulho a partilharem o pódio.

A canoagem

Uma das coisas por que Ponte de Lima é mundialmente conhecida é o desporto aquático. Temos um excelente rio para actividades, incluindo de lazer, e pode-se experimentar a canoagem durante todo o ano no Clube Náutico, que tem uma secção ligada ao turismo. As actividades náuticas permitem mostrar Ponte de Lima de uma perspectiva diferente – normalmente vemos da margem para o rio; de uma canoa, vemos a vila a partir do Lima.

A gastronomia

O leite-creme à moda de Ponte de Lima é uma das sobremesas que enaltecem a vila. Depois temos o bacalhau de cebolada, o arroz de lampreia e vários outros pratos que contribuem para a fama de Ponte de Lima. Porém, o arroz de sarrabulho é aquele que mais se destaca. É um prato bastante pesado, não é para o dia-a-dia – nós, limianos, guardamo-lo para dias festivos. Para experimentá-lo, Ponte de Lima está muito bem recheada de restaurantes onde se come bem. É sempre ingrato destacar um, porque todos merecem, mas posso referir o Sabores do Lima, o Açude, A Carvalheira. Mais: Cinda, Sonho do Capitão, O Brasão, Alameda, Gaio. Mas o melhor restaurante é a casa da minha avó.

A vila em si

Ponte de Lima está muito bem localizada: temos dois aeroportos internacionais muito perto (Porto a 50 minutos e a 40 o de Vigo), temos cidades de grande relevo à nossa volta – Viana, Braga – e outras vilas igualmente pitorescas, como Arcos de Valdevez e Ponte da Barca. Depois, temos a nossa paisagem, a nossa ponte medieval, o largo com um imponente chafariz, e toda aquela parte ribeirinha. Temos a possibilidade de dar um belo passeio sempre por zonas verdes – Ponte de Lima também é bastante conhecida pelos jardins. E pela parte histórica, é a vila mais antiga de Portugal, e isso deixa-nos muito orgulhosos. E temos serras e montanhas ali à volta, que permitem uma perspectiva diferente, da vila e da região.

Depoimento recolhido e editado por João Mestre


Este artigo foi publicado no n.º 7 da revista Singular.

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