Weyes Blood: “Já se ouve o estertor da morte, e isso é bom sinal”

And in the Darkness, Hearts Aglow, Weyes Blood a cantar imponente no meio do turbilhão. É deslumbrante e é assustador. Não temos como lhe escapar.

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Neil Krug

Na verdade, Natalie Merling tem esperança. Apesar de todo o narcisismo, do insustentável stress acumulado no lufa-lufa do quotidiano, apesar do egoísmo que medra paredes meias com uma solidão que o paliativo das mil ligações online só torna mais angustiante, apesar do icebergue aqui mesmo à nossa frente, tão monstruosamente visível e, ainda assim, aparentemente impossível de contornar — e a banda continua a tocar, a banda continua sempre a tocar, Titanic rising! —, apesar de tudo isso, Natalie Merling, ou seja, Weyes Blood, sente-se optimista. O magnífico And in the Darkness, Hearts Aglow, som que conforta e acaricia, som majestoso e opulento que ganha contraponto na dor e dureza das palavras, é a voz dessa esperança no meio do turbilhão.

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