Vírus afecta bovinos em Espanha e deixa Portugal abrangido pelas restrições

“Parte do território nacional fica abrangido pelas medidas de restrição de movimentação entre Estados-membros da União Europeia”, lê-se numa nota divulgada pela DGAV.

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Área afectada vai abranger alguns concelhos de Castelo Branco, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Faro Adriano Miranda

As autoridades espanholas confirmaram um foco da doença hemorrágica epizoótica em bovinos, na zona de Badajoz, colocando parte do território português abrangido pelas medidas de restrição, anunciou nesta quarta-feira a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

"Na sequência da confirmação de um foco da doença hemorrágica epizoótica em bovinos em Villanueva del Fresno, Badajoz, foi-nos comunicado pela autoridade competente de Espanha que parte do território nacional fica abrangido pelas medidas de restrição de movimentação entre Estados-membros da União Europeia", lê-se numa nota divulgada pela DGAV.

Esta doença afecta ruminantes, particularmente os bovinos e os cervídeos selvagens, estando entre os principais sintomas febre e falta de apetite, lesões na mucosa da boca, produção excessiva de saliva e dificuldade em engolir.

A área afectada compreende um raio de 150 quilómetros em torno do foco, restringindo os movimentos, com destino a outro Estado-membro, de animais provenientes das explorações que estão localizadas nessas mesmas áreas.

De acordo com um edital da DGAV, a área afectada vai abranger assim, em Portugal, alguns concelhos de Castelo Branco, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Faro.

A nível nacional, devem ser reforçadas as medidas de higiene das instalações e comunicada à DGAV qualquer suspeita de infecção.

No que se refere aos requisitos para a movimentação nacional de bovinos, ovinos e caprinos provenientes de explorações situadas na área afectada, a DGAV sublinhou que os animais não podem apresentar qualquer suspeita de doença e os de “espécies sensíveis a movimentar para vida” devem ser sujeitos a tratamento insecticida até 14 dias antes da movimentação.

O transporte deve ser realizado, preferencialmente, nas “horas centrais do dia ou da noite”, sendo que os animais devem ser transportados em veículos desinsectizados antes da carga.

Os transportadores têm ainda que possuir um documento que comprove a lavagem, desinfecção e desinsectização dos veículos.

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