Paris pondera banir trotinetes eléctricas por motivos de segurança

Câmara Municipal de Paris está a considerar não renovar as licenças das três operadoras — Lime, Dott e Tier — que expiram em 2023.

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Paris está a considerar banir as trotinetes eléctricas por motivos de segurança Nuno Ferreira Santos

Paris está a considerar banir as suas 15 mil trotinetes eléctricas devido a preocupações relacionadas com a segurança pública nos passeios das cidades, mas as operadoras estão a propor uma série de melhorias, na esperança de verem as licenças renovadas.

A Câmara Municipal de Paris está a considerar não renovar as licenças das três operadoras — Lime, Dott e Tier — que expiram em 2023. A decisão deve chegar nas próximas semanas e será tomada pela presidente da câmara Anne Hidalgo.

O vice-presidente David Belliard, dos Verdes, e encarregado da pasta dos transportes em Paris, disse ao Le Parisien, na semana passada, que os transtornos criados pelas trotinetes estão a ultrapassar as vantagens que trazem para a cidade. “Em termos de segurança, ambiente e partilha do espaço público, vai ser complicado continuar”, disse.

Em 2021, 24 pessoas morreram em acidentes relacionados com as trotinetes em França, incluindo uma em Paris. Este ano, a cidade registou 337 acidentes com trotinetes eléctricas e veículos similares nos primeiros oito meses do ano. No mesmo período, em 2021, registaram-se 247.

Cidades por todo o mundo estão a apertar o regulamento das trotinetes eléctricas, a limitar a velocidade e o número de zonas onde podem estacionar.

As trotinetes eléctricas com acesso através do telemóvel começaram a operar em Paris em 2018, mas, perante as queixas que se seguiram sobre a sua distribuição anárquica, a cidade diminuiu o número de operadores para três. Deu-lhes um contrato de três anos, limitou a velocidade para 20 quilómetros por hora e criou áreas designadas para estacionamento.

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