Maria Capelo vence Prémio FLAD de Desenho 2022 com imagens “aparentemente simples”

Júri destaca o trabalho “inovador e surpreendente” da artista portuguesa. O prémio, no valor de 20 mil euros, foi atribuído na Drawing Room Lisboa.

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Do planalto se dobra a montanha, exposição de Maria Capelo, esteve até Abril deste ano na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa Rui Gaudêncio

A artista Maria Capelo venceu o Prémio FLAD de Desenho 2022 com as suas “imagens apenas aparentemente simples”, a partir das quais recria a tradição paisagista “de um modo inovador e surpreendente”, anunciou o júri este sábado, à margem da feira de desenho Drawing Room Lisboa, parceira da edição 2022 deste prémio.

Natural de Lisboa, Maria Capelo é licenciada em pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Tem apresentado as suas obras em exposições colectivas e individuais desde 1996. Está representada em várias colecções e, em 2013, recebeu uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para realizar o projecto Da Sombra dos Montes no âmbito do programa Apoio às Artes Visuais -Projectos de Investigação Artística.

A artista foi eleita por unanimidade por um júri composto pelo investigador e programador António Pinto Ribeiro, a artista Gabriela Albergaria e Mónica Álvarez Careaga, directora da Drawing Room Lisboa, que decorre até este domingo com a presença de 23 galerias nacionais e internacionais.

Este prémio de 20 mil euros, valor semelhante ao do Prémio Jovens Artistas EDP, foi atribuído na 5.ª edição da Drawing Room, após a recepção de 327 candidaturas, analisadas pelo júri de selecção, constituído por Helena Mendes Pereira, Manuel Falcão, Sérgio Fazenda Rodrigues e Filipa Nunes.

Passaram à lista final dez artistas: António Olaio, Carla Cabanas, Cecília Cota, Maria Capelo, Noé Sendas, Paulo Lisboa, Pedro A. H. Paixão, Pedro Barateiro, Susanne S.D. Themlitz e Vera Mota, cujo trabalho está em exposição até até segunda-feira na Galeria Pintor Fernando Azevedo, na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa.

“Hoje celebramos o trabalho inovador e surpreendente de Maria Capelo, mas também o dos restantes artistas finalistas que exploram de forma tão variada e interessante o desenho, uma das formas artísticas mais importante na colecção de arte contemporânea da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD)”, afirmou Rita Faden, presidente da FLAD. “O alcance do Prémio FLAD de Desenho demonstra o quão necessária é a aposta da Fundação no apoio às artes e deixa claro o nosso compromisso em continuar a percorrer este caminho.”

Já Mónica Alvarez-Careaga assinala que “a Drawing Room Lisboa sente-se honrada por poder dar continuidade” a uma colaboração que começou no ano passado com a FLAD, no sentido de criarem um prémio nacional que valorize o desenho contemporâneo em Portugal. Maria Capelo sucede a Pedro Tropa, vencedor da primeira edição.

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