O primeiro Congresso da Juventude Portuguesa quer pôr os jovens a falar para se fazerem ouvir

A primeira edição do Congresso da Juventude Portuguesa acontece a 14 de Outubro no Fórum Lisboa e pretende que os jovens falem entre si sobre as principais preocupações inerentes a esta faixa etária para conseguirem serem ouvidos pelas instâncias políticas. Inscrições até 12 de Outubro.

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Primeira edição do Congresso da Juventude Portuguesa acontece a 14 de outubro no Fórum Lisboa Unsplash

“A juventude portuguesa precisa de falar entre si para se fazer ouvir na sociedade” é o mote que leva à organização do primeiro Congresso da Juventude Portuguesa, a acontecer no dia 14 de Outubro, no Fórum Lisboa, em Lisboa. O objectivo é que os jovens entre os 15 e os 35 anos debatam entre si sobre as principais preocupações inerentes a esta faixa etária.

“A ideia era enquadrar a iniciativa no âmbito do Ano Europeu da Juventude e colocar jovens, desde Vila Real a Vila Real de Santo António, com uma formação desde o ensino básico e secundário até ao doutoramento, a falar sobre a visão que têm da questão do desporto, da ciência, da presença de Portugal no mundo, da mobilidade, das questões ambientais ou da reconciliação com o planeta”, refere Hélder Semedo, vice-presidente da comissão organizadora do congresso, ao P3.

O evento, organizado por jovens e para os jovens, é promovido pela Universidade de Lisboa, o Conselho Nacional de Juventude, a Associação Académica de Coimbra, a Associação Académica da Universidade de Évora e a Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa​.​ Apresenta um conjunto de dez sessões divididas por várias temáticas, desde a crise da representação política e da transição energética, até à educação, ao emprego e a precariedade dos jovens, ao desporto universitário gratuito e competitivo, ao ensino das artes e da música para todos e à possibilidade de um plano estratégico nacional para os próximos 20 anos.

As sessões contam com a participação de “três ou quatro oradores” e “um moderador, com a particularidade de ser jornalista nos vários meios, como rádio, jornal ou televisão”, menciona Hélder. Entre os jornalistas convidados, está Daniel Dias, jornalista do projecto Azul do PÚBLICO, que irá abrir o debate sobre a transição energética e a reconciliação com o planeta.

Para além “dos debates animados pelos moderadores”, o congresso conta ainda com um espaço para “grupos de trabalho”, onde os “participantes, que são só jovens, vão responder a dez perguntas, elaboradas pelos membros da comissão organizadora, sobre cada tema abordado nas sessões anteriores”, descreve a organização do evento. Essas respostas serão depois votadas pelos jovens presentes no congresso para serem inseridas num documento final, chamado “agenda para a juventude”, para ser entregue ao Presidente da República, primeiro-ministro, membros do Governo, deputados da Assembleia da República e autarcas, que estarão presentes na sessão de encerramento.

O propósito deste congresso é que a “actual juventude possa estabelecer novas metas, pensar em novos caminhos e fixar objectivos comuns para o futuro”, tornando a “juventude um actor político imprescindível à democracia portuguesa e europeia”. Para concretizar estas metas, a organização espera que os resultados que saírem deste congresso “não possam ser ignorados pelo Parlamento, Governo, autarquias locais e outras instâncias decisórias”, explica Eduardo Pinto, presidente da comissão organizadora do congresso, numa nota de imprensa enviada ao P3.

Para participar neste evento gratuito e aberto a todo o público, é necessário realizar uma inscrição através do site do Congresso da Juventude Portuguesa até ao dia 12 de Outubro.

Texto editado por Amanda Ribeiro

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