Os museus, os NFT e as festas de piscina

Os “ingénuos úteis” do costume, e antes deles os parolos e os deslumbrados, começarão, aliás já começaram, a dizer que os NFT são o futuro e que os museus têm de os adoptar.

Por estes dias corre mundialmente a notícia de milionário méxico-americano que fez queimar uma obra original de Frida Kahlo avaliada em 10 milhões de euros para a substituir por 10 mil chaves electrónicas, ditas “token”, não fungíveis (os NFT), destinados a venda putativamente filantrópica (PÚBLICO, 27.9.2022). Entre outros qualificativos, o referido milionário apresenta-se a si mesmo como “visionário”, “transformador”, “leader filantrópico”, “empreendedor social”, “orador público”, “cripto-especialista”, “investidor”, “entusiasta” e “alquimista de arte” – uma soma de atributos capaz de por si mesma deixar encantado o converso, desconfiado o agnóstico e enjoado o ateu.

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