United caiu no derby de Manchester como “um baralho de cartas”

Com hat-tricks de Haaland e Foden, o City goleou a equipa de Erik ten Hag, por 6-3. Técnico neerlandês diz que não colocou “Cristiano Ronaldo em campo por respeito pela sua grande carreira”.

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Reuters/PHIL NOBLE

Virou aos 4-0, terminou em 6-3, resultou numa das maiores humilhações sofridas pelo United em derbies de Manchester e, no final, Erik ten Hag lançou mais achas para a fogueira dos “red devils” ao afirmar que não colocou “Cristiano Ronaldo em campo” frente ao City “por respeito pela sua grande carreira”. Sem o avançado português e sem Rúben Dias – o defesa ficou no banco dos “citizens” -, o protagonismo recaiu por inteiro em Erling Haaland e em Phil Foden: norueguês e inglês terminaram o jogo com um hat-trick.

Fui um triunfo contundente do City, que volta a colocar em causa o trabalho de Erik ten Hag no comando dos “red devils”. Quando parecia que a estabilidade tinha chegado a Old Trafford – quatro vitórias consecutivas na Premier League -, na curta viagem ao Etihad Stadium o United bateu com estrondo na qualidade do City.

Com João Cancelo e Bernardo Silva de início, o City teve um domínio avassalador e, com toda a naturalidade, ao intervalo o United já perdia por 4-0: Haaland e Foden bisaram; Bernardo Silva fez a assistência para o primeiro golo do internacional inglês.

Privado de Varane aos 40’, Erik ten Hag não mexeu na sua equipa ao intervalo. Resultado? O filme do jogo pouco se alterou. Apesar de Antony ter reduzido, com um grande golo, Haaland e Foden voltaram a marcar, completando o hat-trick, o terceiro do norueguês esta época em oito partidas na Premier League.

Com um humilhante 6-1 para o City aos 73’, Guardiola virou as atenções para o jogo da próxima quarta-feira frente ao Copenhaga, para a Liga dos Campeões, e o United aproveitou o relaxamento do rival para encurtar a distância, com dois golos de Martial, sem que isso atenuasse o peso do desaire sofrido.

No final, numa declaração polémica q.b., Erik ten Hag disse que a “falta de confiança” da sua equipa, que caiu “como um baralho de cartas”, era “inaceitável”, e explicou porque deixou Cristiano Ronaldo no banco de suplentes durante todo o encontro: “Não coloquei o Cristiano Ronaldo em campo por respeito pela sua grande carreira.”

Também em Inglaterra, os rumores que já vinham da véspera sobre uma possível saída de Bruno Lage do Wolverhampton foram ontem confirmados. Com apenas dois triunfos em nove jogos disputados, ocupando os lugares de despromoção, os “wolves” anunciaram oficialmente o despedimento do treinador português, num comunicado onde Jeff Shi, proprietário do clube, deixou elogios ao técnico: “Bruno é um excelente treinador, dedicado, trabalhador, um homem honesto e inteligente. Foi um prazer trabalhar com ele e a sua equipa técnica. Foi com muita tristeza que tomámos esta difícil decisão.”

Outro português que não atravessa uma boa fase é Paulo Fonseca. O treinador do Lille ainda não conseguiu somar dois jogos consecutivos na liga francesa e ontem, em Lorient, perdeu pela quarta vez em nove jornadas.

Com Tiago Djaló e José Fonte no “onze” - André Gomes entrou aos 70 minutos – a equipa do Norte de França, viu-se em desvantagem depois de Bafodé Diakité marcar na própria baliza. Em vantagem numérica desde os 62’, o Lille ainda empatou por Jonathan David, mas, a três minutos do fim, o jovem médio Le Bris fez o golo que garantiu os três pontos ao Lorient.

Na Serie A, um golo bastou em Bergamo para a Atalanta igualar o Nápoles na liderança da liga italiana. Após um primeiro tempo onde a Fiorentina ofereceu uma boa réplica, em cima da hora de jogo o extremo nigeriano Ademola Lookman marcou, garantindo a sexta vitória da equipa de Gian Piero Gasperini.

A Juventus, após cinco jogos sem ganhar, ganhou algum fôlego com um triunfo claro, por 3-0, em Turim. Kostic, Vlahovic e Milik fizeram os golos dos “bianconeri” frente ao Bolonha.

Ao contrário do que acontece na Juventus, no Real Madrid as vitórias eram notícia, mas, ao décimo jogo oficial, os “merengues” não ganharam pela primeira vez. No Santiago Bernabéu, a equipa de Madrid marcou primeiro e falhou um penálti perto do fim, mas não conseguiu derrotar o Osasuna (1-1)

Num duelo entre portugueses na Galiza, o Celta (Gonçalo Paciência entrou na segunda parte) derrotou o Bétis, por 1-0. Do lado dos andaluzes, Rui Silva e William Carvalho foram titulares, mas o médio português foi substituído aos 22 minutos. Com Thierry Correia e André Almeida no “onze”, o Valência empatou a dois golos em Barcelona, frente ao Espanyol.

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