Liga de clubes tem contas positivas pelo sétimo ano consecutivo

Receitas totais ultrapassaram pela primeira vez os 20 milhões de euros.

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Pedro Proença LUSA/ESTELA SILVA

O Relatório e Contas da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), relativo à época 2021/22 foi nesta terça-feira aprovado por unanimidade e, pelo sétimo ano consecutivo, apresenta um resultado líquido positivo, que desta vez se saldou em 1,182 milhões de euros.

O documento espelha um valor de receitas totais de 21,9 milhões, ultrapassando pela primeira vez na história da instituição a barreira dos 20 milhões, muito alavancado pelo contrato de “naming” da principal competição de futebol, celebrado com uma empresa de apostas desportivas, que é o maior de sempre firmado pela LPFP.

A primeira tranche desse acordo, com um valor global de 35 milhões de euros, já está reflectido neste relatório referente a 2021/22, que significou o encerrar de um ciclo marcado pelas restrições provocadas pela pandemia de covid-19.

“Estas contas reflectem um caminho de rigor orçamental e de uma crescente profissionalização da actividade, que esta direcção da LPFP e todas as sociedades desportivas querem continuar a desenvolver”, disse Rui Caeiro, director executivo da instituição.

Ainda nesta assembleia geral da LPFP foi aprovada uma verba de 288 mil euros, oriunda do saldo positivo da exploração comercial, para ser aplicada num reforço do fundo de contingência para as questões judiciais e fiscais existentes.

O valor do passivo contingente, apesar de ter diminuído no exercício em questão, ainda se cifra em 35 milhões euros, sendo que actualmente a LPFP tem um fundo de cerca de um milhão para encarar eventuais questões prementes neste âmbito fiscal e judicial.

“As contas da LPFP encontram-se robustas e preparadas para o que possa surgir no futuro. Nesta época [2021/22] não foi utilizada qualquer verba deste fundo e o passivo contingente até reduziu”, disse Telmo Viana, director financeiro da instituição.

O responsável realçou “um aumento das receitas e do investimento” e notou que “o grau de execução do orçamento [de 107%] só foi possível pelo rigor aplicado em todas as faces de gestão”.

Além da aprovação do Relatório e Contas, que mereceu um voto de louvor apresentado pelo Marítimo, e seguido por unanimidade pelas sociedades desportivas presentes, foi ainda ratificada nesta assembleia geral uma verba de 550 mil euros para um Fundo de Apoio ao Desenvolvimento de Infra-estruturas Tecnológicas das sociedades desportivas.

Para aceder a verbas, os clubes vão ter de apresentar candidatura de projecto nesta área do desenvolvimento digital, que engloba, por exemplo, iniciativas tecnológicas de bilhética.

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