Carapaz vence no adeus às montanhas e Evenepoel aguarda consagração em Madrid

João Almeida ascende ao quinto lugar, por troca com Carlos Rodriguez.

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EPA/Javier Lizon

Richard Caparaz (INEOS) venceu este sábado a 20.ª e penúltima etapa da Volta a Espanha, disputada entre Moralzarzal e Puerto de Navacerrada, na distância de 181 km, conseguindo o terceiro triunfo em etapas na prova, confirmando a conquista do prémio da montanha.

Na última real oportunidade para mudar o curso da história da prova, Remco Evenepoel não permitiu o assalto ao poder, precisando, agora, em Madrid, este domingo, de confirmar o triunfo nos últimos 96,7 quilómetros da edição de 2022 da Vuelta.

A um dia da consagração, Remco Evenepoel (Quick-Step) estava preparado para o dia mais importante da carreira, a última das etapas verdadeiramente decisivas, a começar com uma contagem de primeira categoria logo aos 25 quilómetros, que considerou como a mais difícil do dia, embora o líder temesse igualmente a penúltima montanha, em Puerto de la Morcuera, onde esperava maiores movimentações em termos de ataques de Enric Mas (Movistar).

Os receios do belga confirmaram-se, numa altura em que Evenepoel já não dispunha de qualquer ajuda dos companheiros. Mas, mais uma vez, o camisola vermelha suportou os ataques, preparando-se para o último assalto, que também nada alterou.

João Almeida (UAE) seguiu com o grupo do líder, numa marcação directa a Miguel Angel Lopez (Astana) e a Carlos Rodriguez (INEOS), que acusou a queda da 18.ª etapa e cedeu num dia em que voltou a ser infeliz e a perder o contacto com o pelotão, retomado mais tarde.

À entrada dos últimos 10 quilómetros, João Almeida mostrou-se e foi em busca do quinto lugar da geral, que garantiria depois de Rodriguez descolar.

A UAE tinha ambições para a vitória na etapa, mas não foi capaz de anular a curtíssima vantagem de Carapaz, com o ciclista português a ter de contentar-se com o top 5.

Richard Carapaz garantia, assim, nova vitória e a coroa dos trepadores, depois de ter sido testado por Robert Stannard (Alpecin-Deceunink), que obrigou o equatoriano a aplicar-se na penúltima escalada para evitar surpresas na despedida das montanhas.

Carapaz ganhou balanço e foi para a frente, na tentativa de alcançar o terceiro triunfo em etapas na Vuelta, objectivo que esteve muito perto de ver escapar, face à falta de entendimento com o colombiano Sergio Higuita (BORA), que parecia condenar a fuga. Higuita não aguentou no topo de Puerto de Cotos e Carapaz arrancou para a vitória, com o grupo perseguidor a deixar o equatoriano ser feliz.

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