Ruben Amorim e o mercado: “Não temos mais um cêntimo para gastar”

Treinador do Sporting sublinha que a aposta do clube passou por manter a base do plantel da época passada.

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LUSA/HUGO DELGADO

O treinador do Sporting, Ruben Amorim, advertiu nesta sexta-feira que o clube não tem dinheiro para ir ao mercado de transferências fazer contratações sem que exista qualquer saída, mas acrescentou que não está preparado para perder Matheus Nunes.

Questionado na Academia Sporting, em conferência de imprensa, sobre o alegado interesse dos “leões” no avançado do Gil Vicente Fran Navarro, Ruben Amorim frisou que não pode controlar o mercado e foi taxativo em relação a eventuais reforços para a sua equipa.

“Nós não temos mais um cêntimo para gastar. Quando as pessoas falam que falta este jogador ou aquele, o que fazemos é usar a polivalência de alguns, porque, de outra forma, não conseguiríamos manter os Matheus Nunes, os Potes [Pedro Gonçalves]. Nós fizemos o máximo que podíamos para manter a base”, vincou o treinador.

Mesmo antes, Amorim já tinha assumido que o clube fez “opções muito arriscadas”, ao preferir manter “um plantel muito curto, com vários jogadores da equipa, no sentido de “manter uma base” com jogadores fulcrais como o médio internacional português, mas prometeu adaptar-se às circunstâncias.

“Não estou preparado para perder o Matheus Nunes. Se o Matheus Nunes sair, nos minutos a seguir estarei preparado para o Matheus Nunes sair. Nós arranjamos sempre solução para tudo. Só para a morte é que não há solução. Seremos sempre fortes”, assumiu.

Nesse sentido, admitiu que “há jogadores que têm de sair quando pagam a sério por eles”, mas insistiu que o Sporting não tem “mais um euro” e que o orçamento está “esticadinho ao máximo”.

“O grande problema, às vezes, foi ser campeão no primeiro ano, porque se estivéssemos a construir, diziam que o Sporting precisa de tempo. Mas como foi, pensam que já é tudo de um momento para o outro. Nós não vamos dar passos maiores do que a perna. Portanto, quando falam em reforços, não há um cêntimo para mais sem qualquer saída”, vincou.

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