SNS com saldo negativo de 400 milhões de euros no primeiro semestre deste ano

Na área da saúde, os gastos com a covid-19 ascenderam a 726 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano. Mais de 513 milhões foram para comprar vacinas contra a covid-19 e testes.

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Os gastos com a covid-19 ascenderam a 726 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano Nelson Garrido

Nos primeiros seis meses deste ano, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) acumulou um saldo negativo de 400,8 milhões de euros, o que representa “uma deterioração de 200,6 milhões de euros” em comparação com o mesmo período do ano passado, revela a síntese da execução orçamental de Junho esta terça-feira divulgada pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO).

Olhando para os dados desagregados pela DGO, enquanto a receita do SNS cresceu 3,5% no primeiro semestre, a despesa aumentou 6,9% em comparação com o período homólogo de 2021. O crescimento da despesa resultou sobretudo do disparar dos gastos na rubrica dos fornecimentos e serviços externos (mais 12,9%) e, em muito menor escala, das despesas com pessoal (mais 2,3%), refere a síntese de execução orçamental.

Na rubrica dos fornecimentos e serviços externos, o aumento da factura ficou a dever-se, em grande medida, ao crescimento dos gastos com meios complementares de diagnóstico e terapêutica (mais 25,5%), justificados sobretudo pelos “encargos associados à realização de testes para o diagnóstico da covid-19”. A despesa subiu também devido à factura com produtos vendidos em farmácias (mais 19%), que inclui os testes de covid-19 realizados nestes estabelecimentos e comparticipados a 100%. A despesa com a compartição estatal dos medicamentos também aumentou no primeiro semestre.

O impacto das medidas adoptadas no âmbito da pandemia de covid-19 na área da saúde em geral foi muito elevado. A despesa ascendeu a 726,8 milhões de euros, e a maior fatia foi para a aquisição de vacinas (284,3 milhões) e testes covid (229,3 milhões de euros), especifica a síntese de execução orçamental.

Os gastos com recursos humanos (contratações, horas extras e “outros abonos” para combate à pandemia) totalizaram 151,3 milhões de euros neste período e, em equipamentos de protecção, foram gastos 55,3 milhões de euros.

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