Mollie O’Callaghan deixou Sarah Sjostrom sem o ouro que lhe falta

Jovem australiana venceu a final dos 100m livres em Budapeste, à frente da sueca recordista mundial, novamente relegada para os lugares mais baixos do pódio no evento.

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O primeiro ouro de O’Callaghan nos 100m livres e a quarta prata de Sjostrom Reuters/ANTONIO BRONIC

Não faltam títulos a Sarah Sjostrom. A nadadora sueca de 28 anos, especialista de velocidade, sobretudo em mariposa e estilo livre, tem um dos currículos mais recheados da actualidade, um título olímpico e nove títulos mundiais, para além de ser detentora de quatro recordes mundiais individuais (50m e 100m livres e 50m e 100m mariposa). Três destas provas já lhe renderam medalhas de ouro em vários campeonatos, mas há uma que lhe foge há quase uma década, a dos 100m livres. Nos Mundiais que estão a decorrer em Budapeste, a tradição cumpriu-se: Sarah Sjostrom voltou a ficar sem o ouro no evento, desta vez por culpa de uma jovem australiana chamada Mollie O’Callaghan.

Estes Mundiais, que decorrem na capital húngara, estão a ser de plena afirmação para O’Callaghan. Depois do título com o quarteto australiano de 4x100m livres e das medalhas de prata em 200m livres e 4x100m livres, a nadadora de apenas 18 anos conseguiu o seu primeiro título individual, ao vencer a final com 52,67s, menos 0,13s que Sjostrom, tornando-se na mais jovem vencedora do evento desde 1991. Já a sueca, recordista mundial dos 100m livres desde 2017, voltou a falhar o ouro pela quinta vez, contando agora com quatro medalhas de prata e uma de bronze.

O triunfo de O’Callaghan foi um de dois da Austrália no antepenúltimo dia da natação pura em Budapeste. Nos 200m bruços, Zac Stubblety-Cook juntou o título mundial ao título olímpico conquistado no último Verão, com uma exibição dominante. O australiano, que também é recordista mundial desde Maio passado, nadou a final em 2m07,07s, deixando a grande distância o japonês Yu Hanaguruma (prata) e o sueco Erik Persson (bronze).

Um dia após o abandono por razões ainda não totalmente esclarecidas de Caeleb Dressel, as meias-finais dos 50m livres deixaram uma amostra do que poderá acontecer na final desta sexta-feira, em que a luta pelo ouro parece estar completamente em aberto. O britânico Benjamin Proud, campeão mundial em 2017, foi o mais rápido do dia com 21,41s e será o principal favorito, mas terá a concorrência de outro norte-americano, Michael Andrew, ainda em busca do seu primeiro título individual. Quem não irá lutar pelas medalhas é o brasileiro Bruno Fratus, que era apontado como um dos favoritos a partir do momento em que Dressel abandonou - perdeu uma corrida de desempate com o francês Maxime Grousset.

Já sem Dressel, a comitiva norte-americana voltou a ter mais um dia recheado de ouro. Nos 200m costas, Ryan Murphy finalmente conseguiu um título mundial individual, depois de quatro medalhas de ouro nas estafetas. Como não estava o campeão olímpico em título, o russo Evgeny Rylov, Murphy teve a piscina livre para chegar ao título, com 1m54,52, deixando a prata para o britânico Luke Greenbank e o bronze para outro norte-americano, Shaine Casas.

Tal como Murphy, também Lily King beneficiou da ausência da campeã olímpica e recordista mundial Tatjana Schoenmaker para conquistar o ouro nos 200m bruços, naquele que foi o seu segundo título em Budapeste depois da estafeta mista de 4x100m estilos. E, por falar em estafeta, os EUA dominaram a final dos 4x200m livres sem precisarem de forçar demasiado, deixando Austrália (prata) e Grã-Bretanha (bronze) nos outros lugares do pódio.

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