Canadá proibe o plástico de uso único (com algumas excepções)

O país da América do Norte divulgou o plano final para banir o fabrico e importação de produtos de plástico de uso único até 2024, salvo algumas excepções por necessidades médicas e de acessibilidade.

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Mali Maeder | Pexels

O Canadá vai proibir a venda de produtos de plástico de uso único, como palhinhas e sacolas, até 2024. “Ninguém quer ver lixo plástico no parque local, nos trilhos da caminhada ou na praia onde os filhos brincam”, escreveu o governo canadiano, em comunicado, nesta segunda-feira, 20 de Junho.

A decisão, anunciada pelo ministro da Saúde, Jean-Yves Duclos, explica o plano que visa diminuir o descarte “nocivo” de plástico. No Canadá, quase 16 milhões de palhinhas são deitadas fora ​diariamente e os plásticos de uso único são a maior parte do lixo plástico encontrado no litoral. “A população canadiana foi muito clara connosco”, afirmou Duclos, sobre a existência de plástico no meio ambiente e nos alimentos, em entrevista ao jornal The Guardian. “Estão cansados ​​de ver lixo plástico em parques, ruas [e outros locais]”.

Assim, até ao final deste ano, o país deve banir o fabrico e a importação do material, “salvo algumas excepções específicas”, como necessidades médicas e de acessibilidade. A lista completa de produtos banidos inclui anéis de plástico usados para acondicionar latas, mexedores de café, palhinhas que acompanham embalagens de bebidas, talheres e utensílios de servir alimentos, os quais sejam feitos ou que contenham plásticos que sejam de difícil reciclagem.

Já a proibição da venda dos artigos entrará completamente em vigor em Junho de 2024. Depois desse período, “as empresas começarão a oferecer as soluções sustentáveis, quer sejam palhinhas de papel ou sacolas reutilizáveis”, garantiu o Ministro do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Steven Guilbeault.

Contudo, até o fim de 2025, o Canadá encerrará a exportação de plástico, de maneira a “tornar-se o primeiro” dos Estados-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico a fazê-lo.

O governo afirma que “esta proibição mundial de plásticos descartáveis nocivos resultará na eliminação estimada de mais de 1,3 milhões de toneladas de resíduos plásticos difíceis de reciclar e mais de 22.000 toneladas de poluição plástica”, durante os próximos dez anos.

Além do regulamento, o governo também publicou dois documentos de orientação que ajudam as empresas a ajustarem-se às regulamentações, bem como sugerem aos cidadãos alternativas mais sustentáveis.

Ainda em 2018, o país assinou, juntamente com a França, Alemanha, Itália, Reino Unido e União Europeia, a Carta de Plásticos Oceânicos que garantia “uma acção real contra a poluição plástica em todo o mundo”. Passados quatro anos, o governo canadiano declara que “permanece firme nos seus compromissos de demonstrar liderança e tomar medidas fortes para reduzir a poluição plástica”, além de “proteger a biodiversidade e promover um ambiente saudável”.

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