Doze pinguins encontrados subnutridos e desidratados já voltaram para casa

Uma segunda oportunidade, refere a organização na Argentina que acolheu e reabilitou um grupo de doze pinguins de Magalhães. Esta semana foram devolvidos ao mar.

Pinguins-de-Magalhães que apresentavam sinais de desnutrição e desidratação foram reabilitados e devolvidos ao mar pela Fundação Mundo Marino, em  Buenos Aires, Argentina
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Pinguins-de-Magalhães que apresentavam sinais de desnutrição e desidratação foram reabilitados e devolvidos ao mar pela Fundação Mundo Marino, em Buenos Aires, Argentina Mundo Marino/REUTERS
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Doze pinguins-de-Magalhães regressaram a casa na quarta-feira após terem sido resgatados e reabilitados pela Fundação Mundo Marino, na Argentina. As aves foram resgatadas na província de Buenos Aires entre Fevereiro e Abril e mostraram sinais de desnutrição, desidratação, parasitas e mesmo hipotermia devido à falta de penas.

“A possível causa destas patologias passa por alterações climáticas, escassez de alimentos e poluição ambiental”, disse o director técnico da Mundo Marino, Juan Pablo Loureiro. Os veterinários e técnicos de Mundo Marino ajudaram a trazer as aves de volta à saúde no seu centro situado na cidade costeira de San Clemente del Tuyu.

As aves marinhas foram resgatadas em diferentes localidades do Partido de la Costa, e nas cidades de Pinamar, Villa Gesell e Tres Arroyos. Foram reabilitados na Fundação Mundo Marino devido à desnutrição, desidratação, elevada carga parasitária e, em alguns casos, hipotermia e alterações anormais da plumagem.

Como outras aves recém-nascidas, as crias de pinguins são muito vulneráveis às condições climatéricas, sobretudo na primeira semana de vida. Podem morrer de hipotermia, uma vez que demoram algumas semanas a criar a plumagem lisa, densa e gordurosa que os torna resistentes ao frio e à água.

Os pinguins-de-Magalhães nidificam na costa da Patagónia, Argentina, Chile e nas ilhas Malvinas. Segundo a descrição da espécie feita na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês), existem cerca de 1,3 milhões de casais mas a população está a diminuir. A espécie está classificada como “quase ameaçada de extinção”.

Além das alterações climáticas, da falta de alimento (resultante, em parte, da sobrepesca de anchova, principal alimento na dieta dos pinguins) e dos ataques de predadores, a poluição é outra ameaça. Segundo a IUCN, todos os anos morrem mais de 20 mil adultos e 22 mil juvenis na costa da Argentina, devido à poluição causada pelo petróleo.

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