A comédia é a vida

Mario Martone vai à raiz de uma das principais dinastias teatrais italianas.

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Servillo numa aura bigger than life bufão
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Em O Rei do Riso Mario Martone vai à raiz de uma das principais dinastias teatrais italianas (ou, mais precisamente, napolitanas). É o princípio do século XX, quando o teatro ainda era uma força capaz de conciliar a atracção popular e o respeito intelectual, e seguimos Eduardo Scarpetta (Toni Servillo), vulto maior da cena teatral napolitana (há alguma coisa no estatuto da personagem, mas também no modo como Martone e Servillo a descrevem, que faz pensar num par italiano para Sacha Guitry). Dois filhos seus, que Scarpetta nunca perfilhou (a quase incestuosa confusão doméstica da casa Scarpetta é um dos pontos salientes do filme, embora tratada com discrição e uma neutralidade quase cúmplice), foram Eduardo e Peppino de Filippo, que o resto do século XX aprenderia a conhecer, e também no cinema — mas em O Rei do Riso eles ainda são miúdos que andam por ali pelos corredores da casa Scarpetta, de olhos esbugalhados perante os códigos e os comportamentos dos adultos (de algum modo, Eduardo e Peppino são aqui como a Fanny e o Alexandre na primeira parte do filme de Bergman, que é o que, no seu melhor, o de Martone lembra).

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