Primeiro-ministro populista derrotado na Eslovénia

A oposição a Janez Jansa obteve 33%, segundo os resultados parciais, enquanto o partido do Governo estava com 25%, uma surpresa numa eleição que se esperava resultar num quase empate entre os dois.

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Robert Golob venceu as eleições na Eslovénia BORUT ZIVULOVIC/Reuters

O populista esloveno Janez Jansa, admirador de Donald Trump conhecido também como “marechal Twitto”, estava em vias de obter um resultado especialmente baixo nas eleições deste domingo em relação ao seu concorrente directo, Robert Golob, que liderou um movimento de oposição centrado na ecologia.

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O populista esloveno Janez Jansa, admirador de Donald Trump conhecido também como “marechal Twitto”, estava em vias de obter um resultado especialmente baixo nas eleições deste domingo em relação ao seu concorrente directo, Robert Golob, que liderou um movimento de oposição centrado na ecologia.

Resultados parciais com cerca de 80% dos votos contados mostravam Golob com 33% e Jansa com 25%.

O resultado deverá permitir a Golob formar governo, já que dois partidos de esquerda prometeram, durante a campanha, que não se aliariam a Jansa.

A participação nas eleições foi especialmente alta: previa-se que chegasse perto dos 70%, muito acima da média nacional. A participação mais alta era vista como positiva para Robert Golob.

Golob, antigo presidente da empresa estatal de energia Gen-I, que lança projectos de energia verde, tomou as rédeas de um pequeno partido pró-ambiental sem representação parlamentar, que tinha de 2% a 3% das intenções de voto, em Janeiro.

O candidato conseguiu reunir muito apoio e transformar a campanha num referendo a Jansa e ao seu estilo mais autoritário de Governo – com pressão sobre a comunicação social, organizações da sociedade civil, poder judicial, e conflitos com a Procuradoria Europeia, por tentar amnistiar de facto alguns crimes de fraude e corrupção.

A Reuters ouviu algumas pessoas que votaram em Liubliana dizer que queriam mudança. “Não queremos mais ter estes políticos no poder”, disse uma eleitora de 58 anos. “Queremos caras novas, queremos normalidade e estabilidade”, declarou.