Um protagonista sem mérito

Até prova em contrário, André Ventura não passa de um populista radical que lidera um micropartido. Tratemo-lo como tal.

Depois do alarido dos primeiros debates a dois entre os líderes partidários, começou-se a acreditar que os temas da agenda do Chega se tinham remetido à importância eleitoral que o partido de André Ventura tem ou pode ter na política nacional. Puro engano. A lógica das redes sociais exerceu a sua pressão, a tentação do jornalismo em explorar o sensacionalismo das mensagens radicais ou o picaresco regressou, a capacidade de André Ventura de criar factóides manteve-se e a submissão dos outros partidos à sua agenda arruinou essa expectativa. O Chega voltou a ter uma importância desmesurada na campanha. O que é bom para manter o seu líder nos radares dos eleitores, mas é péssimo para a discussão sobre o que importa ao país.

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Depois do alarido dos primeiros debates a dois entre os líderes partidários, começou-se a acreditar que os temas da agenda do Chega se tinham remetido à importância eleitoral que o partido de André Ventura tem ou pode ter na política nacional. Puro engano. A lógica das redes sociais exerceu a sua pressão, a tentação do jornalismo em explorar o sensacionalismo das mensagens radicais ou o picaresco regressou, a capacidade de André Ventura de criar factóides manteve-se e a submissão dos outros partidos à sua agenda arruinou essa expectativa. O Chega voltou a ter uma importância desmesurada na campanha. O que é bom para manter o seu líder nos radares dos eleitores, mas é péssimo para a discussão sobre o que importa ao país.