O dilema inexistente do ministro Pedro Nuno

Entre o que é certo e consensual (a ferrovia) e o que é arriscado e polémico (a TAP), o ministro viveria um triunfo se canalizasse para os comboios o que gastou e se dispõe a gastar na aviação.

O ministro das Infra-Estruturas, Pedro Nuno Santos governa numa situação política paradoxal: o que tem feito na ferrovia é objecto de elogio generalizado e de aprovação quase consensual; o que vai fazendo na TAP é motivo de críticas dos partidos e objecto de posições extremadas na opinião pública. Na essência, Pedro Nuno Santos aplica à CP e à TAP a mesma energia, o mesmo voluntarismo e, obviamente, o mesmo escopo ideológico. Mas o eco das suas escolhas e da sua atitude revelam uma percepção sobre a diferença estratégica entre a mobilidade ferroviária e o transporte aéreo. Ou entre o uso ponderado e racional do dinheiro público e a aposta de risco.

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O ministro das Infra-Estruturas, Pedro Nuno Santos governa numa situação política paradoxal: o que tem feito na ferrovia é objecto de elogio generalizado e de aprovação quase consensual; o que vai fazendo na TAP é motivo de críticas dos partidos e objecto de posições extremadas na opinião pública. Na essência, Pedro Nuno Santos aplica à CP e à TAP a mesma energia, o mesmo voluntarismo e, obviamente, o mesmo escopo ideológico. Mas o eco das suas escolhas e da sua atitude revelam uma percepção sobre a diferença estratégica entre a mobilidade ferroviária e o transporte aéreo. Ou entre o uso ponderado e racional do dinheiro público e a aposta de risco.