Quando fecharam a fronteira, foi como se lhes tivessem fechado a janela de casa

Os habitantes da raia voltaram a conhecer o que significava a fronteira com a pandemia. Presos a regras legislativas diferentes em Portugal e Espanha e a uma dependência social e económica comum, os trabalhadores transfronteiriços temem pelo dia em que lhes voltem a erguer barreiras de cimento em passagens que, para eles, são hoje mais uma rua no seu quotidiano.

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"Não estamos a 200 quilómetros da fronteira, estamos a 200 metros e vivemos uns dos outros.” Adriano Miranda

A confusão voltou à raia na última semana, com a ameaça de novo fecho de fronteiras. A comunicação do Governo português, longe de ser clara, suscitou dúvidas entre quem tem nos seus planos atravessar a fronteira. E a dúvida gera desinformação dos dois lados da fronteira. Até agora, o certificado de vacinação era garantia de mobilidade dentro do espaço da União Europeia, mas a propagação da variante Ómicron e a precaução para que não se repita um cenário de hospitais cheios no pós-Natal levaram a que fossem ponderadas medidas adicionais de controlo nas fronteiras terrestres: “A realidade exige a adopção imediata de medidas preventivas, de modo a tentar evitar o agravamento da situação epidemiológica”, ditou a resolução do Conselho de Ministros que gerou mais dúvidas do que certezas.

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