A terceira via

Falta assim, na política portuguesa, uma solução parlamentar que replique a maior flexibilidade de coligações que existe noutros países europeus.

O chumbo do Orçamento de Estado para 2022 abriu uma crise politica que procura uma saída na convocação de eleições legislativas a 30 de Janeiro. Hélas, no atual contexto parlamentar português é previsível que os resultados não ofereçam uma solução estável. A resposta poderá passar por coligações pragmáticas afastadas de trincheiras ideológicas. A tendência secular de perda de relevância relativa dos dois maiores partidos portugueses - tendência que, como revelam as últimas sondagens, se deverá confirmar - leva à conclusão de que num futuro próximo o cenário de maiorias absolutas de um único partido é improvável. Ao mesmo tempo, a aritmética das coligações previsíveis condena o país a uma indesejável instabilidade governativa.

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O chumbo do Orçamento de Estado para 2022 abriu uma crise politica que procura uma saída na convocação de eleições legislativas a 30 de Janeiro. Hélas, no atual contexto parlamentar português é previsível que os resultados não ofereçam uma solução estável. A resposta poderá passar por coligações pragmáticas afastadas de trincheiras ideológicas. A tendência secular de perda de relevância relativa dos dois maiores partidos portugueses - tendência que, como revelam as últimas sondagens, se deverá confirmar - leva à conclusão de que num futuro próximo o cenário de maiorias absolutas de um único partido é improvável. Ao mesmo tempo, a aritmética das coligações previsíveis condena o país a uma indesejável instabilidade governativa.