Xi Jinping diz que a China está pronta para tratar das divergências com os EUA

Encontro virtual entre os presidentes chinês e norte-americano poderá acontecer na próxima semana.

Foto
O Presidente chinês, Xi Jinping, não sai da China desde que o país se fechou por causa da pandemia CARLOS GARCIA RAWLINS/Reuters

A China está pronta para tratar das divergências com os Estados Unidos de forma adequada, disse o Presidente chinês, Xi Jinping, numa carta lida pelo embaixador chinês nos EUA, Qin Gang, num jantar no Comité Nacional para as Relações EUA-China, em Washington.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A China está pronta para tratar das divergências com os Estados Unidos de forma adequada, disse o Presidente chinês, Xi Jinping, numa carta lida pelo embaixador chinês nos EUA, Qin Gang, num jantar no Comité Nacional para as Relações EUA-China, em Washington.

A afirmação foi feita numa altura em que se prepara um encontro virtual entre Xi Jinping e o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, cuja data ainda não foi anunciada mas que se especula possa vir a acontecer já na próxima semana.

A carta de Xi, que foi também publicada no site da embaixada chinesa nos EUA na terça-feira, diz que a China está disposta a “promover trocas e cooperação em todos os domínios” com os Estados Unidos e a trazer a relação entre as duas potências ao caminho certo.

No mês passado, foi revelado por responsáveis americanos um acordo para um encontro virtual entre Xi (que não saiu da China desde o início da pandemia) Biden, que seria o primeiro encontro entre os dois – foi o resultado de seis horas de conversações entre o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sulivan, e o mais importante diplomata chinês, Yang Jiechi.

A última vez que Biden e Xi falaram foi em Setembro, num telefonema de 90 minutos.

Os EUA classificaram a China como a “maior ameaça à liberdade desde a II Guerra”, os dois países estão envolvidos numa competição comercial em larga escala e ainda numa crescente tensão militar por causa de Taiwan – ainda esta quarta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês criticou duramente uma visita de uma delegação do Congresso norte-americano a Taiwan e declarou que os EUA têm de parar imediatamente todas as formas de interacção oficial com Taiwan, que a China reclama como parte do seu território.

Na semana passada, Biden criticou Xi por não comparecer na cimeira do clima, a COP26, dizendo que este foi “um grande erro” para um país que “tenta, compreensivelmente, um novo papel no mundo como líder mundial”.