Descanso real: médicos aconselham rainha Isabel II a tirar uns dias de folga

A monarca britânica, de 95 anos, está “bem-disposta”, segundo informações oficiais do Palácio de Buckingham, mas a visita à Irlanda do Norte foi cancelada.

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A rainha recebeu, na terça-feira, alguns líderes empresariais multimilionários convidados pelo primeiro-ministro Boris Johnson Reuters/POOL

A rainha Isabel foi aconselhada a descansar e, obedecendo às orientações dos médicos, anunciou que irá tirar uns dias de folga, cancelando a visita que estava planeada à Irlanda do Norte, informou o Palácio de Buckingham.

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A rainha Isabel foi aconselhada a descansar e, obedecendo às orientações dos médicos, anunciou que irá tirar uns dias de folga, cancelando a visita que estava planeada à Irlanda do Norte, informou o Palácio de Buckingham.

Nas informações veiculadas pelo palácio, não foram discriminados os motivos pelos quais os médicos aconselharam repouso, ressalvando, porém, que a rainha, de 95 anos, está “bem-disposta” e ansiosa por visitar a Irlanda do Norte no futuro.

A decisão de tirar uns dias é conhecida depois de, na noite de terça-feira, a rainha ter recebido no Castelo de Windsor alguns líderes empresariais multimilionários, como Bill Gates, convidados pelo primeiro-ministro Boris Johnson para uma conferência sobre investimento verde antes da cimeira climática COP26, que vai realizar-se em Galsgow, e à qual deverá comparecer. Ao seu lado, estiveram os príncipes Carlos e William.

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“A rainha aceitou com relutância os conselhos médicos para descansar nos próximos dias”, informou o palácio, adiantando que “sua majestade está bem-disposta e desapontada por já não poder visitar a Irlanda do Norte, onde devia ter empreendido uma série de compromissos hoje e amanhã”.

Isabel II é a monarca no activo com mais anos de reinado (69 anos e 256 dias) e a quarta de sempre – à sua frente apenas Luís XIV de França (72 anos e 110 dias), Bhumibol Adulyadej da Tailândia (70 anos e 126 dias) e Johann II do Liechtenstein (70 anos e 91 dias). Tinha 25 anos quando recebeu o título de rainha do Reino Unido e dos outros reinos da Commonwealth, após a morte do pai, Jorge VI, a 6 de Fevereiro de 1952.

A rainha, que subiu ao trono numa altura em que o Reino Unido perdia o seu poder imperial, simbolizou a estabilidade de gerações do povo britânico, construindo a popularidade da monarquia apesar das mudanças políticas, sociais e culturais sísmicas que ameaçavam torná-la um anacronismo. Este ano, em Abril, a monarca perdeu o marido. O príncipe Filipe morreu no dia 9 de Abril, aos 99 anos. A 27 de Abril, dez dias após o funeral, Isabel II estava de volta ao trabalho, tendo acolhido, em audiências à distância, as novas embaixadoras da Letónia e da Costa do Marfim em Londres.

Uma dedicação silenciosa ao dever, mesmo com o avançar da idade, conquistou o amplo respeito tanto doméstico como no estrangeiro – mesmo por parte de republicanos ansiosos pela abolição da monarquia.

E aparentemente nem aos 95 anos se sente idosa, tendo, esta semana, recusado uma homenagem de “Anciã do Ano”, explicando que se sentia demasiado jovem no coração para merecer tal reconhecimento.