“Gene” gay desaconselha dádiva de sangue por homossexuais, diz professor em aula na Universidade do Porto

Docente disse, durante aula do curso de Medicina no ICBAS, que pode ser transmitido “um gene indutor da homossexualidade” a gerações futuras através da doação de sangue. Universidade diz que professor reconhece autoria dos comentários, tendo já feito um pedido de desculpas à turma esta quinta-feira.

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REUTERS/Bernadett Szabo

“Alguns homossexuais podem vir a transmitir a gerações futuras um gene indutor da homossexualidade. É uma dúvida que se levanta. E por esta dúvida é que não é recomendado [aos homossexuais] dar sangue”. A frase foi proferida no final de Setembro numa aula de Bioética e Deontologia Médica do curso de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), da Universidade do Porto.​ Um professor catedrático convidado discutia as denúncias de discriminação levantadas por pessoas homossexuais no momento de doar sangue, depois da publicação de notícias sobre o tema. Como razão para estes casos de afastamento, o professor alegou que alguns indivíduos com esta orientação sexual são portadores de “um gene” – supostamente o da homossexualidade – que pode ser passado a gerações futuras, tese que já foi desmentida pela ciência.

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