No Studiorise, em Lisboa, a proposta é fazer a festa em cima da bicicleta

O novo estúdio de cycling da capital arranca na segunda-feira, 4 de Outubro, e propõe aulas de 45 minutos, com uma forte aposta na música.

Fotogaleria

Fica na Rua Correia Teles, porta número 18, em Campo de Ourique. As montras estão cobertas de cartazes em papelão, onde se lê Fitness is Boring (“o fitness é aborrecido”). É esse pressuposto que Carine Lucas e Alexis Péribère, fundadores do Studiorise, querem mudar. O novo estúdio de cycling arranca esta segunda-feira, 4 de Outubro, e propõe aulas de 45 minutos, com uma forte aposta na música. “Para mim, isto é sobre atitude”, resume a fundadora, ao PÚBLICO.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Fica na Rua Correia Teles, porta número 18, em Campo de Ourique. As montras estão cobertas de cartazes em papelão, onde se lê Fitness is Boring (“o fitness é aborrecido”). É esse pressuposto que Carine Lucas e Alexis Péribère, fundadores do Studiorise, querem mudar. O novo estúdio de cycling arranca esta segunda-feira, 4 de Outubro, e propõe aulas de 45 minutos, com uma forte aposta na música. “Para mim, isto é sobre atitude”, resume a fundadora, ao PÚBLICO.

Quem vem fazer uma aula ao Studiorise só precisa trazer a roupa de treino e pouco mais. Numa das paredes da entrada, estão vários ténis de ciclismo (daqueles que se encaixam nas bicicletas) para serem usados. O que se pretende é que o atleta se torne uma extensão da própria bicicleta, explicam. Descem-se as escadas para os balneários, onde há tudo o que é preciso para um duche depois do treino, das toalhas aos produtos de higiene pessoal.

Mariana Lencastre está à porta do estúdio para receber e ajuda nos detalhes técnicos, a ajustar a altura da bicicleta e a encaixar os pés nos pedais. É uma das sete instrutoras do Studiorise — os outros são Carlota, Gigi, Guilherme, Ricardo, Rui e Solange e constituem um grupo muito diverso e oriundo de várias áreas (dança contemporânea, ballet e teatro...). Aliás, Mariana, quando não está a dar aulas de cycling, está no palco do Teatro da Trindade, com o musical Chicago

É normal que o ritmo da aula possa surpreender quem já fez este tipo de actividade noutros ginásios, e Carine Lucas observa que “são precisas três aulas para perceber como é que funciona”. A ideia é que se pedale ao ritmo da música, numa experiência que descrevem como “imersiva” e “emocional”. O sistema de som Loudstudio é, normalmente, usado em discotecas e está, pela primeira vez, num estúdio de fitness. Quem quiser pode pedalar de olhos fechadas, para sentir a música, já que a única luz da sala provém de velas.

A música é uma componente fundamental do projecto, asseguram os fundadores. Cada instrutor tem liberdade para escolher a lista de músicas da sua aula. Há só uma regra: nenhuma aula pode ser igual. Por isso, cada experiência no Studiorise promete ser diferente, consoante o instrutor, sempre com um treino de corpo inteiro (numa das faixas sai-se da bicicleta e usam-se halteres para treinar os braços).

Para quem adora desporto, mas não adora ginásios

Quando a lusofrancesa Carine Lucas chegou a Portugal, não encontrou nenhum conceito de cycling semelhante ao que praticava em Paris. Decidiu trazer um professor de França, que deu formação aos sete instrutores, e lançar, com Alexis Péribère, o Studiorise. “Adoro desporto, mas sempre tive dificuldade com os ginásios”, confessa, ao PÚBLICO, a empresária.

A culpa desta dificuldade vinha de um conjunto de problemas que identificava nos espaços pensados para a actividade física e que não deseja repetir no Studiorise. “Acho que há uma pressão enorme quando se vem ao ginásio. O bem-estar está muito na moda, mas é, a o mesmo tempo, uma pressão que criamos para nós”, sublinha. Por isso, aqui, garante, cada um tem os seus objectivos e “não há falsas promessas”, “nem julgamentos”. E avisa: “Estamos no escuro, não é suposto estarmos a olhar uns para os outros”.

Para não pressionar os atletas, nem os fazer sentirem-se culpados de não virem ao ginásio, não há subscrição mensal. Cada aula pode ser comprada individualmente, ou em pacotes de cinco (90€), dez (160€), 20 (280€) ou 30 (390€), através da página do Studiorise. Está disponível um pacote de boas-vindas, ficando três aulas por 30 euros. Em termos de horários, estão divididas pela manhã, hora de almoço e final do dia. “A nós obriga-nos a ter uma experiência cada vez melhor, porque se alguém vem e não gosta, não vai voltar”, reconhece Carine Lucas.

Mas, há cartas na manga para que isso não se dê, já que não querem ser só um estúdio de fitness — e prometem que haverá sempre “outras coisas a acontecer”. Junto à entrada, estará disponível uma loja com merchandising próprio, mas também produtos de outras marcas, dedicados ao bem-estar e ao exercício físico. No arranque do projecto podem encontrar-se a Bala, conhecida pelos seus acessórios funcionais, os suplementos alimentares da Combeau, e a roupa de desporto sustentável da Girlfriend Collective, mas a ideia é que as marcas vão mudando a cada dois meses, tanto na loja, como nos produtos de higiene do balneário. Para o fim deste mês, os empresários prometem a primeira disco cycling club. Isso mesmo: uma aula em versão discoteca, onde um DJ vai passar o seu set e criar uma aula com um dos instrutores.


O PÚBLICO experimentou uma aula a convite do Studiorise