Actriz Marília Costa morre aos 70 anos

Marília Costa estreou-se profissionalmente no Teatro Experimental de Cascais, em 1966.

Foto
A carreira de Marília Costa foi feita quase integralmente no Teatro Experimental de Cascais DR

A actriz Marília Costa, que se estreou profissionalmente no Teatro Experimental de Cascais (TEC) em 1966, morreu no passado dia 6, aos 70 anos, em Cascais, disse esta terça-feira à agência Lusa fonte da família.

A informação da morte da actriz foi avançada pelo TEC, através da rede social Facebook, tendo sido confirmada à agência Lusa pela família.

“Com o festival Mostra T ainda em cena, um festival de apoio aos mais novos, não podemos deixar de manifestar o nosso pesar pela partida da actriz Marília Costa há pouco tempo, uma companheira do TEC e das gerações mais novas”, escrevem os responsáveis da companhia, no Facebook.

“A Marília era aquela actriz bem-disposta, com um sentido grande de humanidade e humor apurado, de gargalhada alta e sincera, sempre pronta a ajudar, com uma palavra bem-disposta, sempre connosco mesmo fora de palco, dando incentivo aos colegas”, recorda o TEC, na mensagem.

Recordando que Marília Costa “começou muito nova” a sua carreira no Teatro Amador na Associação dos Bombeiros Voluntários de Cascais, a companhia afirma que a actriz “logo passou a trabalhar com o TEC em muitos espectáculos”, destacando, “ao longo da [sua] vida”, peças como A Maluquinha de Arroios, D. Quixote, Fuenteovejuna e Harold e Maude, entre outras.

A carreira de Marília Costa foi feita quase integralmente no TEC, desde a estreia em Janeiro de 1966, com A Casa de Bernarda Alba, de García Lorca, a Harold e Maude, de Colin Higgins, estreada em Novembro de 1992, na principal sala de Cascais – como atesta a base de dados do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

O nome de Marília Costa surge ainda associado à produção de A Paródia, revista posta em cena pela Adoque – Cooperativa de Trabalhadores de Teatro, em 1977, e a versões televisivas das peças do TEC.

Produções da RTP como O Corrijidor, de Artur Ramos (1988), e Dona Xepa, de Luís Miranda (1967), contaram igualmente com Marília Costa no elenco.

Na página do TEC, a actriz é recordada por profissionais como o encenador Jorge Silva Melo, que destaca a sua “graça popular”, e pelo actor Fernando Gomes, que a trata por “querida e inesquecível Marília”.

“Será recordada com muita saudade”, garante o TEC, que conclui: “Até já, Marília!”

Sugerir correcção
Comentar