Depois de 13 anos, pai de Britney Spears pede para pôr fim à tutela da filha

A petição de Jamie Spears deve ser aprovada pela juíza Brenda Penny. Na próxima audiência, marcada para 29 de Setembro, Penny deveria ouvir o advogado de Britney Spears que defenderia a remoção de Jamie Spears do cargo de tutor.

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Ina Fassbender/Reuters

Foi nesta terça-feira que o pai de Britney Spears entrou com o pedido no Tribunal Superior de Los Angeles para pôr fim à tutela que controla a vida e as finanças da filha. A notícia chega quase um mês depois de Jamie Spears ter concordado em abandonar o seu cargo de 13 anos como tutor da cantora norte-americana.

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Foi nesta terça-feira que o pai de Britney Spears entrou com o pedido no Tribunal Superior de Los Angeles para pôr fim à tutela que controla a vida e as finanças da filha. A notícia chega quase um mês depois de Jamie Spears ter concordado em abandonar o seu cargo de 13 anos como tutor da cantora norte-americana.

O pedido representa um grande avanço no processo judicial sobre a tutela, uma estrutura legal que existe para proteger os interesses monetários e pessoais de idosos e pessoas gravemente enfermas. No caso de Britney Spears, a tutela foi estabelecida em 2008, altura em que, debaixo do intenso escrutínio dos meios de comunicação social e perseguida por paparazzi, a cantora dava mostras de estar esgotada e de estar com problemas de saúde mental.

A petição de Jamie Spears deve ser aprovada pela juíza Brenda Penny. Na próxima audiência, marcada para 29 de Setembro, Penny deveria ouvir o advogado de Britney Spears que ia defender a remoção de Jamie Spears do cargo de tutor. Nem Vivian Thoreen, advogada de Jamie Spears, nem Mathew Rosengart, ex-promotor federal que representa Britney Spears, responderam ao pedido do The Washington Post para comentar. Rosengart escreveu num e-mail para a Associated Press (AP) que a petição “representa outra vitória legal para Britney Spears — uma grande vitória — bem como uma vingança para a cantora”.

Há muito que os fãs da artista questionam o acordo de tutela, especialmente depois de Britney Spears ter regressado aos estúdios para gravar, continuou em digressão e trabalhou em Las Vegas. Os seus apoiantes deram início ao movimento #FreeBritney, que ganhou uma nova vida em 2019 quando um podcast de fãs difundiu a ideia de que Spears, depois de ter suspenso o seu espectáculo em Las Vegas, tinha sido internada, contra a sua vontade, numa instituição psiquiátrica. 

A petição, apresentada nesta terça-feira, surge depois do “apelo apaixonado” que Britney Spears fez em Junho para pedir a suspensão da tutela que a própria artista descreveu como sendo “embaraçosa”. “Como o Sr. Spears disse várias vezes, tudo o que ele quer é o melhor para sua filha”, está escrito no processo, citado pela AP. “Se a Sra. Spears deseja cancelar a tutela e acredita que pode cuidar da sua própria vida, o Sr. Spears acredita que essa oportunidade lhe deve ser dada.”

Embora Jamie Spears tenha afirmado repetidamente que agiu no interesse da filha, continuou a atrair a ira dos fãs e da própria Britney Spears. Numa audiência em Julho, a cantora disse que estava “extremamente assustada” com o seu pai e que queria “acusá-lo de abuso de poder”.

Rosengart já havia entrado com um pedido em tribunal para remover Jamie Spears da posição de tutor e, há um mês, disse ao The Washington Post: “Esperamos continuar a nossa investigação vigorosa sobre a conduta do Sr. Spears e de outros, nos últimos 13 anos, enquanto recebeu milhões de dólares da própria filha.” Para o advogado, o caso não está encerrado pois falta agora sentar Jamie Spears em tribunal para responder sob juramento. 


Sonia Rao com Ashley Fetters e Emily Yahr, The Washington Post