Jean-Luc Nancy (1940-2021): o filósofo que nos pensou como uma comunidade de diferentes

Discípulo de Jacques Derrida, deixou uma obra imensa, que pensou a democracia e o capitalismo, a religião e a psicanálise, a arte e a poesia, o corpo e a sexualidade, e também, num livro recente, a pandemia de covid-19, na qual viu uma oportunidade para “reaprendermos a respirar”.

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Leonardo Cendamo/Getty Images

O filósofo francês Jean-Luc Nancy morreu na noite de segunda-feira, aos 81 anos. Com uma obra que ultrapassa largamente uma centena de títulos, e que prossegue por vias muito próprias o pensamento desconstrutivista do seu mestre e amigo Jacques Derrida, Nancy interessou-se pelas mais diversas dimensões da existência, mas talvez se possa dizer que um dos conceitos centrais do seu pensamento é a ideia de uma comunidade sem comunidade, um estar em comum sem diluição das singularidades.

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O filósofo francês Jean-Luc Nancy morreu na noite de segunda-feira, aos 81 anos. Com uma obra que ultrapassa largamente uma centena de títulos, e que prossegue por vias muito próprias o pensamento desconstrutivista do seu mestre e amigo Jacques Derrida, Nancy interessou-se pelas mais diversas dimensões da existência, mas talvez se possa dizer que um dos conceitos centrais do seu pensamento é a ideia de uma comunidade sem comunidade, um estar em comum sem diluição das singularidades.