O mundo acabou? Ainda não

1. Já está quase tudo dito sobre a trágica queda de Cabul perante a igualmente trágica e inexplicável incapacidade americana para pôr em marcha uma retirada ordeira do Afeganistão. O espectáculo do caos e da desordem no aeroporto da capital afegã, transmitido em directo para o mundo inteiro, já fez o que tinha a fazer: manchar a imagem da maior e mais poderosa democracia do mundo e a sua credibilidade como o último reduto da ordem internacional liberal, que hoje é posta em causa pela força crescente de grandes potências antidemocráticas. Se alguns analistas mais pessimistas antecipavam uma nova ordem internacional dominada pelo caos, as imagens da queda de Cabul vieram reforçar as suas teses. O Afeganistão transformou-se no símbolo de uma derrota do Ocidente, que muita gente crê irreversível.

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1. Já está quase tudo dito sobre a trágica queda de Cabul perante a igualmente trágica e inexplicável incapacidade americana para pôr em marcha uma retirada ordeira do Afeganistão. O espectáculo do caos e da desordem no aeroporto da capital afegã, transmitido em directo para o mundo inteiro, já fez o que tinha a fazer: manchar a imagem da maior e mais poderosa democracia do mundo e a sua credibilidade como o último reduto da ordem internacional liberal, que hoje é posta em causa pela força crescente de grandes potências antidemocráticas. Se alguns analistas mais pessimistas antecipavam uma nova ordem internacional dominada pelo caos, as imagens da queda de Cabul vieram reforçar as suas teses. O Afeganistão transformou-se no símbolo de uma derrota do Ocidente, que muita gente crê irreversível.