Sociedade “não pode ser insensível às agruras” da mãe que deitou bebé no lixo

Juízes do Supremo que reduziram pena para um ano e dez meses de cadeia concluíram que grávida sem-abrigo se sentia num beco sem saída: “O que pode ser interpretado como premeditação e frieza não é senão fruto do desespero.”

Foto
Direitos reservados

Os juízes do Supremo Tribunal de Justiça que baixaram para um ano e dez meses de cadeia a pena da jovem sem-abrigo que deixou um recém-nascido no ecoponto, depois de o dar à luz na rua, alegam que se sentia num beco sem saída. Para concluírem que a premeditação e frieza de que falam os magistrados que lhe aplicaram nove anos de prisão não foi, afinal, senão um comportamento motivado pelo desespero.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os juízes do Supremo Tribunal de Justiça que baixaram para um ano e dez meses de cadeia a pena da jovem sem-abrigo que deixou um recém-nascido no ecoponto, depois de o dar à luz na rua, alegam que se sentia num beco sem saída. Para concluírem que a premeditação e frieza de que falam os magistrados que lhe aplicaram nove anos de prisão não foi, afinal, senão um comportamento motivado pelo desespero.