Um minuto de lucidez

Tenho lido com estupefação muito do que se tem escrito sobre o atual momento educativo. E dou alguns exemplos das razões das minhas divergências e das minhas estupefações, pela falta de rigor de que se revestem.

A antropóloga espanhola Yayo Herrero classificou a atual pandemia como um minuto de lucidez que nos é oferecido como uma oportunidade de pensar, a partir dos diferentes âmbitos das nossas vidas, na forma como construímos as nossas sociedades, os nossos desejos e objetivos. O pior que nos podia acontecer civilizacionalmente seria voltar “à normalidade” pré-pandémica que, caso estivéssemos distraídos, agora se nos colocou diante dos olhos como sendo uma realidade despedaçada, conflitiva e profundamente injusta. A pandemia deu visibilidade e voz às profundas desigualdades com dimensões locais e globais, ao exaurimento de um planeta que não tem capacidade para recuperar de tantas agressões e que não pode responder ao excessivo consumismo que 10% da população usufrui e desperdiça. A crise, mais do que sanitária (que dizer da malária ou da sida que afetam milhões de pessoas por ano, sobretudo nas regiões mais pobres do mundo), é económica, social e política. É sobretudo uma crise ecológica. Há quem lhe chame também uma crise de sentido.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A antropóloga espanhola Yayo Herrero classificou a atual pandemia como um minuto de lucidez que nos é oferecido como uma oportunidade de pensar, a partir dos diferentes âmbitos das nossas vidas, na forma como construímos as nossas sociedades, os nossos desejos e objetivos. O pior que nos podia acontecer civilizacionalmente seria voltar “à normalidade” pré-pandémica que, caso estivéssemos distraídos, agora se nos colocou diante dos olhos como sendo uma realidade despedaçada, conflitiva e profundamente injusta. A pandemia deu visibilidade e voz às profundas desigualdades com dimensões locais e globais, ao exaurimento de um planeta que não tem capacidade para recuperar de tantas agressões e que não pode responder ao excessivo consumismo que 10% da população usufrui e desperdiça. A crise, mais do que sanitária (que dizer da malária ou da sida que afetam milhões de pessoas por ano, sobretudo nas regiões mais pobres do mundo), é económica, social e política. É sobretudo uma crise ecológica. Há quem lhe chame também uma crise de sentido.