A porca a torcer o rabo

Gunda é um objecto meritório e bem-intencionado; mas é também um filme que se perde na sua vertigem de mostrar que sabe filmar.

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Há quem fale do transcendentalismo sensorial de Terrence Malick para descrever Gunda – percebe-se a referência, embora o filme de Victor Kossakovsky esteja mais próximo de uma versão “para todos” de títulos como As Quatro Voltas de Michelangelo Frammartino ou Bella e Perduta de Pietro Marcello. É do mundo animal que aqui se fala, visto “à altura de porco”, sem intervenção humana (não há música, não há narração, não há sequer seres humanos visíveis ao longo desta hora e meia). Ou antes: não há intervenção humana à frente da câmara, porque por trás dela não se vê outra coisa.

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Há quem fale do transcendentalismo sensorial de Terrence Malick para descrever Gunda – percebe-se a referência, embora o filme de Victor Kossakovsky esteja mais próximo de uma versão “para todos” de títulos como As Quatro Voltas de Michelangelo Frammartino ou Bella e Perduta de Pietro Marcello. É do mundo animal que aqui se fala, visto “à altura de porco”, sem intervenção humana (não há música, não há narração, não há sequer seres humanos visíveis ao longo desta hora e meia). Ou antes: não há intervenção humana à frente da câmara, porque por trás dela não se vê outra coisa.