O recurso às explicações ameaça tornar-se universal. Mas continua por regulamentar

Entre explicadores domiciliários e centros, o negócio das explicações move muitos milhões. É uma economia paralela, onde impera a concorrência desleal. E o Governo, acusam responsáveis e estudiosos do sector, prefere continuar a assobiar para o lado. Matemática A, considerada a mais difícil das disciplinas do secundário, é a que mais motiva o recurso a explicações.

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David Clifford/Arquivo

Nem é fácil nem é barato, mas dá muitos milhões, saídos directamente do bolso das famílias. Apesar disso, o mercado das explicações em Portugal, que segundo o estudo mais recente envolve aproximadamente 244 mil alunos, do básico ao 12.º ano de escolaridade, e factura muito acima dos 200 milhões de euros anuais, continua a funcionar como “uma espécie de submundo que não paga impostos e se caracteriza pela concorrência desleal, contribuindo para acentuar as desigualdades sociais pré-existentes”, conforme descreveu ao PÚBLICO Alexandre Ventura, professor do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro (UA).

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Nem é fácil nem é barato, mas dá muitos milhões, saídos directamente do bolso das famílias. Apesar disso, o mercado das explicações em Portugal, que segundo o estudo mais recente envolve aproximadamente 244 mil alunos, do básico ao 12.º ano de escolaridade, e factura muito acima dos 200 milhões de euros anuais, continua a funcionar como “uma espécie de submundo que não paga impostos e se caracteriza pela concorrência desleal, contribuindo para acentuar as desigualdades sociais pré-existentes”, conforme descreveu ao PÚBLICO Alexandre Ventura, professor do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro (UA).