África teve a pior semana desde o início da pandemia. “Deviam estar a soar todos os alarmes”

Variante Delta e falta de vacinas estão a levar vários países a um “cenário indiano”, com hospitais sem capacidade e falta de oxigénio. “Há pessoas a morrer enquanto esperam para ser atendidas”, conta um médico sul-africano.

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Vacinação de polícias na África do Sul, onde só 1% da população foi vacinada (a proporção é de 2% no continente) SIPHIWE SIBEKO/Reuters

África teve “a pior semana desde o início da pandemia”, com um aumento de 20% dos casos, e a situação vai piorar com a terceira vaga a ganhar terreno com rapidez, disse Matshidiso Moeti, directora para África da Organização Mundial de Saúde, numa teleconferência esta quinta-feira. Em quatro semanas, a situação tornou-se alarmante, disse, por seu lado, em entrevista ao jornal francês Le Monde, John Nkengasong, director do Centro de Controlo de Doenças (CDC) de África. “Não é um exagero dizer que vários países [africanos] passam hoje pela situação em que esteve a Índia, com hospitais cheios e falta de oxigénio para os doentes. Na Zâmbia ou no Uganda, houve doentes a ser tratados no exterior das estruturas de saúde”, contou.

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África teve “a pior semana desde o início da pandemia”, com um aumento de 20% dos casos, e a situação vai piorar com a terceira vaga a ganhar terreno com rapidez, disse Matshidiso Moeti, directora para África da Organização Mundial de Saúde, numa teleconferência esta quinta-feira. Em quatro semanas, a situação tornou-se alarmante, disse, por seu lado, em entrevista ao jornal francês Le Monde, John Nkengasong, director do Centro de Controlo de Doenças (CDC) de África. “Não é um exagero dizer que vários países [africanos] passam hoje pela situação em que esteve a Índia, com hospitais cheios e falta de oxigénio para os doentes. Na Zâmbia ou no Uganda, houve doentes a ser tratados no exterior das estruturas de saúde”, contou.