Fora de tempos

Annette é o Dancer in the Dark de Léos Carax: musical hipster de autor, súmula/resenha de uma carreira, ópera pop de ambição desmedida e romantismo decadente.

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Há mais de um ano que os cinéfilos mais ferrenhos andam a sonhar com Annette – apenas a sexta longa-metragem do francês Léos Carax, cineasta tão maldito como amado, cumprindo finalmente o sonho musical que se adivinhava na corrida louca ao som de Bowie em Má Raça (1986) ou na orquestra dissonante de Scott Walker em Pola X (1999). Annette é filme de outros tempos, em que o cinema europeu era capaz de investir em projectos desmesurados de autor; é um filme que existe, por milagre (como a personagem que lhe dá título), fora de tempo – fora de todos os tempos.

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Há mais de um ano que os cinéfilos mais ferrenhos andam a sonhar com Annette – apenas a sexta longa-metragem do francês Léos Carax, cineasta tão maldito como amado, cumprindo finalmente o sonho musical que se adivinhava na corrida louca ao som de Bowie em Má Raça (1986) ou na orquestra dissonante de Scott Walker em Pola X (1999). Annette é filme de outros tempos, em que o cinema europeu era capaz de investir em projectos desmesurados de autor; é um filme que existe, por milagre (como a personagem que lhe dá título), fora de tempo – fora de todos os tempos.