Os Estados Unidos estão de volta a quê?

O que se observa é a recuperação do princípio de que a interlocução com os EUA obriga ao seguidismo dos EUA. O desconforto de várias chancelarias europeias é evidente.

A recente cimeira da NATO, em Bruxelas, levantou em aplauso a plateia dos “transatlânticos”, desmoralizados desde que Trump os votou à orfandade. Que os Estados Unidos estavam de volta foi o anúncio de Joe Biden. Mas de volta a quê? Segundo as intenções expressas, a uma liderança mundial (sic) que considere os seus aliados. A NATO, tão criticada por Trump por ser obsoleta e barata para os parceiros, passa a estrela do espaço político “ocidental”, numa nova versão do conflito Leste/Oeste. Agora o inimigo é a China, o inimigo secundário é a Rússia e os inimigos avulsos são todos os que possam estar sob a influência destas. Este novo conceito estratégico da NATO sucede à “guerra ao terrorismo” que, por sua vez, já tinha substituído os alvos da “Guerra Fria”, o Pacto de Varsóvia e semelhantes.

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A recente cimeira da NATO, em Bruxelas, levantou em aplauso a plateia dos “transatlânticos”, desmoralizados desde que Trump os votou à orfandade. Que os Estados Unidos estavam de volta foi o anúncio de Joe Biden. Mas de volta a quê? Segundo as intenções expressas, a uma liderança mundial (sic) que considere os seus aliados. A NATO, tão criticada por Trump por ser obsoleta e barata para os parceiros, passa a estrela do espaço político “ocidental”, numa nova versão do conflito Leste/Oeste. Agora o inimigo é a China, o inimigo secundário é a Rússia e os inimigos avulsos são todos os que possam estar sob a influência destas. Este novo conceito estratégico da NATO sucede à “guerra ao terrorismo” que, por sua vez, já tinha substituído os alvos da “Guerra Fria”, o Pacto de Varsóvia e semelhantes.