Sim, o acidente de Eduardo Cabrita é uma questão política

O silêncio a que Cabrita se votou desde o acidente, agora interrompido com explicações mínimas e duvidosas, não é aceitável numa democracia madura.

Eduardo Cabrita é um homem com azar, mas há um homem com mais azar do que Eduardo Cabrita: chama-se Nuno Santos e perdeu a vida na A6, após ser colhido pelo automóvel que transportava o ministro da Administração Interna. O silêncio a que Cabrita se votou desde o acidente, ocorrido no dia 18 de Junho – há duas semanas –, agora interrompido com explicações mínimas e duvidosas, extorquidas a conta-gotas pela comunicação social, não é aceitável numa democracia madura, sobretudo quando essa postura tem implicações sobre o bem-estar de uma viúva e de duas filhas que ficaram sem o pai, aos 13 e aos 16 anos.

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Eduardo Cabrita é um homem com azar, mas há um homem com mais azar do que Eduardo Cabrita: chama-se Nuno Santos e perdeu a vida na A6, após ser colhido pelo automóvel que transportava o ministro da Administração Interna. O silêncio a que Cabrita se votou desde o acidente, ocorrido no dia 18 de Junho – há duas semanas –, agora interrompido com explicações mínimas e duvidosas, extorquidas a conta-gotas pela comunicação social, não é aceitável numa democracia madura, sobretudo quando essa postura tem implicações sobre o bem-estar de uma viúva e de duas filhas que ficaram sem o pai, aos 13 e aos 16 anos.