Medina e os russos: é assim Portugal, e ninguém leva a mal

Como é possível que Fernando Medina diga que só soube disto agora, quando há notícias sobre delações da CML a embaixadas desde pelo menos 2019?

No dia 24 de Junho de 2019 – ou seja, há dois anos –, os jornais Sol e i e a RTP publicaram uma notícia intitulada “Activistas acusam Câmara de Lisboa de estar ‘de cócoras perante Israel’”. Nesses artigos, membros do Comité de Solidariedade com a Palestina acusavam, em comunicado, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) de reenviar para a embaixada israelita o aviso de que iriam levar a cabo uma manifestação no dia 26. Os activistas pró-Palestina afirmavam, preto no branco, que se tratava de “uma atitude de autêntica delação da CML”, e que se ocorresse “qualquer atentado” contra participantes provocado pelos “esbirros da Mossad”, o presidente da autarquia, Fernando Medina, seria “pessoalmente” responsabilizado. Repito: isto foi há dois anos.

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No dia 24 de Junho de 2019 – ou seja, há dois anos –, os jornais Sol e i e a RTP publicaram uma notícia intitulada “Activistas acusam Câmara de Lisboa de estar ‘de cócoras perante Israel’”. Nesses artigos, membros do Comité de Solidariedade com a Palestina acusavam, em comunicado, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) de reenviar para a embaixada israelita o aviso de que iriam levar a cabo uma manifestação no dia 26. Os activistas pró-Palestina afirmavam, preto no branco, que se tratava de “uma atitude de autêntica delação da CML”, e que se ocorresse “qualquer atentado” contra participantes provocado pelos “esbirros da Mossad”, o presidente da autarquia, Fernando Medina, seria “pessoalmente” responsabilizado. Repito: isto foi há dois anos.