O debate democrático não tem de ser amorfo

Se em muitos casos o Governo tem razão para apontar excessos de crispação, em outros tem o dever de responder sem aquele ar jactante de quem sente o debate democrático como um fardo.

A semana foi difícil para o PS e para o Governo. Entre sintomas de dissolução da coerência do executivo, nomeações discutíveis, greves, escolhas erradas, desavenças entre altas figuras, polémicas fugazes, críticas pertinentes ou atoardas da oposição, António Costa foi forçado a apagar fogos em permanência. Compreende-se que após o terrível desgaste de um ano de pandemia, agora que se respira um fugaz embora incerto alívio e se pode olhar com expectativa para o futuro, haja pouca paciência para gerir o debate político crispado pela proximidade de eleições. Mas se em muitos casos o Governo tem razão para apontar excessos, em outros tem o dever de responder sem aquele ar jactante de quem sente o debate democrático como um fardo.

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A semana foi difícil para o PS e para o Governo. Entre sintomas de dissolução da coerência do executivo, nomeações discutíveis, greves, escolhas erradas, desavenças entre altas figuras, polémicas fugazes, críticas pertinentes ou atoardas da oposição, António Costa foi forçado a apagar fogos em permanência. Compreende-se que após o terrível desgaste de um ano de pandemia, agora que se respira um fugaz embora incerto alívio e se pode olhar com expectativa para o futuro, haja pouca paciência para gerir o debate político crispado pela proximidade de eleições. Mas se em muitos casos o Governo tem razão para apontar excessos, em outros tem o dever de responder sem aquele ar jactante de quem sente o debate democrático como um fardo.