Leïla Slimani: “Não há nada mais terrível do que a felicidade”

Leïla Slimani mostra-se uma virtuosa contadora de histórias.. Em O País dos Outros inicia uma saga familiar que se estenderá por uma trilogia. A condição social das mulheres, os abismos da alma humana, as fraquezas e as contradições da sociedade são os seus temas favoritos. A que juntou agora o colonialismo.

Foto
Andreia Patriarca

Leïla Slimani (n. 1981) estreou-se na literatura com No Jardim do Ogre (2018, Alfaguara), um romance audacioso e arriscado sobre uma mulher que parece querer ser devorada pelas suas pulsões sexuais; a que se seguiu o perturbante Canção Doce (Alfaguara, 2017) — prémio Goncourt — um quase-thriller psicológico sobre um crime de infanticídio. A condição social das mulheres, o sexo, os abismos inconfessáveis da alma humana, a sociedade moderna e as suas fraquezas e contradições têm sido os assuntos dos livros desta escritora franco-marroquina.