Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva batem à porta de Anthony Hopkins

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Emmanuelle Riva em Amor, de Michael Haneke

A experiência de O Pai como “uma espécie de thriller”, pista adiantada pelo próprio realizador, Florian Zeller, a este suplemento, há duas semanas, é certeira. Eu, durante o filme, já tinha dado por mim a pensar em Agatha Christie. Às tantas comecei a divagar. Não sobre “quem matou?” mas sobre as recomposições de identidade e de cenário a que o realizador/dramaturgo francês iria proceder com o alibi da demência da personagem interpretada por Anthony Hopkins, octogenário que vive em Londres; sobre a quem caberia, por efeito da desordem mental deste pai, ser ocupado por outro corpo; sobre a natureza das sequências, quais delas “reais”, quais delas produto do labirinto mental...

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A experiência de O Pai como “uma espécie de thriller”, pista adiantada pelo próprio realizador, Florian Zeller, a este suplemento, há duas semanas, é certeira. Eu, durante o filme, já tinha dado por mim a pensar em Agatha Christie. Às tantas comecei a divagar. Não sobre “quem matou?” mas sobre as recomposições de identidade e de cenário a que o realizador/dramaturgo francês iria proceder com o alibi da demência da personagem interpretada por Anthony Hopkins, octogenário que vive em Londres; sobre a quem caberia, por efeito da desordem mental deste pai, ser ocupado por outro corpo; sobre a natureza das sequências, quais delas “reais”, quais delas produto do labirinto mental...