O triunfo das pessoas boas

2021 foi o ano em que os Óscares deixaram definitivamente de ser sobre cinema (e até, mais exactamente, sobre o que sempre foram: dinheiro e como o pôr a multiplicar-se) para se consagrarem como um altifalante para se falar sobre “questões”.

“Obrigado à Netflix!”, ouviu-se mais do que uma vez na noite dos Óscares. O agradecimento às plataformas de streaming foi da praxe, afinal o streaming “salvou o cinema” durante um ano de pandemia. A cerimónia da Academia de Hollywood adaptou-se a um formato que também parecia adaptado a uma transmissão pela Internet; a impossibilidade de reunir no mesmo sítio nomeados de vários continentes levou a momentos em que tudo parecia uma reunião por Zoom (uma pessoa num quadradinho em Londres, outra num quadradinho em Sydney, etc.) mas em que só falava quem tivesse o nome dentro dum envelope. O cenário “in loco” também mudou: fora com os grandes auditórios apinhados de gente, boas-vindas a um ambiente de “piano bar”, os candidatos distribuídos por mesinhas, na mesma atmosfera relaxada em que se aguardaria pelos resultados do torneio de canasta num cruzeiro marítimo.

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“Obrigado à Netflix!”, ouviu-se mais do que uma vez na noite dos Óscares. O agradecimento às plataformas de streaming foi da praxe, afinal o streaming “salvou o cinema” durante um ano de pandemia. A cerimónia da Academia de Hollywood adaptou-se a um formato que também parecia adaptado a uma transmissão pela Internet; a impossibilidade de reunir no mesmo sítio nomeados de vários continentes levou a momentos em que tudo parecia uma reunião por Zoom (uma pessoa num quadradinho em Londres, outra num quadradinho em Sydney, etc.) mas em que só falava quem tivesse o nome dentro dum envelope. O cenário “in loco” também mudou: fora com os grandes auditórios apinhados de gente, boas-vindas a um ambiente de “piano bar”, os candidatos distribuídos por mesinhas, na mesma atmosfera relaxada em que se aguardaria pelos resultados do torneio de canasta num cruzeiro marítimo.