Maurice Blanchot: o abismo pode ser um poema

Em Thomas o Obscuro, o leitor sentir-se-á abençoado se se deixar levar na vertigem. E há-de voltar sempre.

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Este romance-ensaio pode ler-se com a cadência de um poema DR

Thomas o Obscuro é o primeiro romance de Maurice Blanchot (1907-2003). E dizer deste livro que é um romance é entrar de imediato na discussão literária que marcou todo o trabalho do jornalista, mas sobretudo do crítico, do teórico, do escritor que influenciou nomes como Gilles Deleuze ou Michel Foucault. Publicado originalmente em 1941 depois de oito anos de trabalho em que o autor ia publicando artigos em jornais de extrema direita e ao mesmo tempo alertava para o perigo do nazismo para a Europa, o texto foi revisto e publicado numa nova versão em 1950, já terminada a guerra, já com Blanchot próximo da esquerda francesa. A primeira versão tinha mais de 300 páginas, a segunda ficou com menos de 120. É essa que a E-Primatur acaba de publicar em Portugal numa belíssima tradução do francês de Manuel de Freitas

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Thomas o Obscuro é o primeiro romance de Maurice Blanchot (1907-2003). E dizer deste livro que é um romance é entrar de imediato na discussão literária que marcou todo o trabalho do jornalista, mas sobretudo do crítico, do teórico, do escritor que influenciou nomes como Gilles Deleuze ou Michel Foucault. Publicado originalmente em 1941 depois de oito anos de trabalho em que o autor ia publicando artigos em jornais de extrema direita e ao mesmo tempo alertava para o perigo do nazismo para a Europa, o texto foi revisto e publicado numa nova versão em 1950, já terminada a guerra, já com Blanchot próximo da esquerda francesa. A primeira versão tinha mais de 300 páginas, a segunda ficou com menos de 120. É essa que a E-Primatur acaba de publicar em Portugal numa belíssima tradução do francês de Manuel de Freitas