Um sistema que promove a destruição de livros

O abate de livros é hoje uma prática generalizada a que poucas editoras resistem, e que não afecta apenas exemplares danificados, mas sobretudo as centenas de milhares de volumes que atravancam os armazéns das editoras e que nem se vendem nem são fáceis de doar.

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São os grandes grupos editoriais que se mostram mais avessos à ideia de destruir livros e que afirmam só o fazer em última instância Paulo Pimenta

O cada vez mais generalizado problema da destruição de livros, a que o sector editorial prefere chamar reciclagem, interessou episodicamente um público mais vasto há pouco mais de dez anos, quando a Imprensa Nacional /Casa da Moeda (IN/CM) anunciou, em 2009, que iria ter de abater várias centenas de milhares de livros se não encontrasse rapidamente alternativas. Logo depois, no início de 2010, o grupo Leya foi também muito criticado por se ter então sabido que guilhotinara cerca de uma centena de títulos que o editor portuense José da Cruz Santos preparara para a Asa, entretanto adquirida por aquele grupo editorial, e que incluíam obras de Jorge de Sena, Eduardo Lourenço, Eugénio de Andrade ou Vasco Graça Moura.

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O cada vez mais generalizado problema da destruição de livros, a que o sector editorial prefere chamar reciclagem, interessou episodicamente um público mais vasto há pouco mais de dez anos, quando a Imprensa Nacional /Casa da Moeda (IN/CM) anunciou, em 2009, que iria ter de abater várias centenas de milhares de livros se não encontrasse rapidamente alternativas. Logo depois, no início de 2010, o grupo Leya foi também muito criticado por se ter então sabido que guilhotinara cerca de uma centena de títulos que o editor portuense José da Cruz Santos preparara para a Asa, entretanto adquirida por aquele grupo editorial, e que incluíam obras de Jorge de Sena, Eduardo Lourenço, Eugénio de Andrade ou Vasco Graça Moura.